Exército de Putin 'tentou explodir' tropas do Grupo Wagner, afirma chefe mercenário
O mercenário Yegevny Prigozhin afirmou que forças regulares russas teriam plantado explosivos em rotas usadas pela milícia privada
Internacional|Maria Cunha*, do R7
O chefe do Grupo Wagner afirmou que o Exército de Vladimir Putin tentou explodir as tropas mercenárias, apesar de aparentemente todos lutarem do mesmo lado.
O mercenário Yegevny Prigozhin disse que as forças regulares russas supostamente plantaram explosivos em rotas usadas pela milícia privada enquanto suas tropas se retiravam de Bakhmut, onde apoiavam a invasão na Ucrânia.
Ele disse ainda que o Ministério da Defesa da Rússia alegou que as ordens vieram do alto e que o próprio Putin ordenou que as explosões fossem feitas, segundo o tabloide Daily Star.
“Pouco antes de nossa partida, detectamos atividades suspeitas ao longo de nossa rota”, afirmou Prigozhin. “Entramos em contato com as autoridades e começamos a estudar nossas rotas de saída ao longo das estradas."
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Foi então que as tropas do Grupo Wagner descobriram cerca de uma dúzia de lugares onde vários dispositivos explosivos foram colocados, os quais variavam de centenas de minas antitanque a toneladas de cargas de mísseis autopropulsados.
“Quem plantou os explosivos eram representantes do Ministério da Defesa. Quando perguntamos por que fizeram isso, eles apontaram o dedo para cima", afirmou Prigozhin.
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As alegações vêm apenas algumas semanas depois que o Grupo Wagner entregou suas posições ao Exército russo, em uma retirada combinada de uma das batalhas mais mortíferas na invasão de 15 meses, que viu dezenas de milhares de soldados morrerem.
Prigozhin e Putin estão brigando há meses, com o temor do líder russo de que o "cão de guerra" tenha se tornado poderoso demais. “Presumimos que foi uma tentativa de açoitamento público”, disse o chefe mercenário.
No fim, "nenhum dano foi causado", e a polícia russa está investigando a plantação de explosivos, disse ele. “[Mas] as perguntas ainda não foram respondidas."
Ele afirma que as tropas privadas não sofreram "nenhuma provocação contra nós das Forças Armadas da Ucrânia" enquanto estas recuavam. No entanto, "surpresas nos esperavam" do próprio lado russo.
O Grupo Wagner inclui combatentes voluntários e aqueles libertados das prisões russas, incluindo assassinos e estupradores, aos quais foi prometida a liberdade depois de servir por seis meses. A milícia é a maior de dezenas de tropas mercenárias formadas nos últimos anos na Rússia.
* Sob supervisão de Daniel Pinheiro
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