Explosão de duas bombas deixa pelo menos 40 mortos no Paquistão
Internacional|Do R7
(Atualiza número de mortos e acrescenta detalhes). Islamabad, 3 mar (EFE).- Pelo menos 40 pessoas morreram neste domingo e cerca de 135 ficaram feridas após duas bombas explodirem próximas a uma mesquita xiita na cidade paquistanesa de Karachi, informaram fontes oficiais. O ataque, de autoria ainda desconhecida, ocorreu por volta das 19h30 local (11h30 de Brasília) no bairro de maioria xiita Abbas Town, capital da província de Sindh. A polícia de Karachi disse que as bombas explodiram com um intervalo de cinco minutos e a primeira delas estava colocada em uma motocicleta estacionada na rua. A imprensa local afirmou que foram utilizados até 150 quilos de explosivo, o que leva a crer que a bomba mais potente estava em um veículo maior. Partes destruídas de um motor de carro foram encontradas e reforçam este hipótese. Segundo a emissora "Geo TV", o ataque aconteceu nas proximidades de uma mesquita xiita, possivelmente com o objetivo de atingir membros desta vertente do islamismo que estavam no templo religioso. As explosões causaram um buraco de 1,2 metros de profundidade e três de diâmetro. Na região atingida também existem muitos restaurantes, casas de chá e bancos, que ficaram seriamente danificados. O primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, condenou o atentado e afirmou por meio de um comunicado que "os que atacam civis inocentes servem aos interesses de elementos contrários ao Estado e à sociedade". A violência e os atentados de caráter sectário aumentaram no último ano no Paquistão. Há três meses, um ataque com uma motocicleta carregada de bombas matou três xiitas em frente a um centro religioso no mesmo bairro da cidade de Karachi. Em um dos piores massacres da história do Paquistão, mais de 200 pessoas morreram nos meses de janeiro e fevereiro em dois ataques quase idênticos perpetrados contra a comunidade xiita da cidade de Quetta. Os atentados provocaram protestos da minoria xiita (cerca de 20% da população), mas as autoridades paquistanesas se mostram impotentes para frear a crescente violência contra este grupo religioso. EFE pmm/dk