A prorrogação por dois dias do acordo de trégua entre Israel e a organização terrorista Hamas termina nesta quarta-feira (29), quando um novo grupo de dez cidadãos israelenses mantidos reféns na Faixa de Gaza deve ser solto, bem como 30 prisioneiros palestinos do outro lado.
O Hamas também anunciou que dois israelenses de origem russa vão ser libertados nesta quarta-feira, em um aceno ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Entre a sexta-feira (24), quando entrou em vigor, e ontem, a trégua permitiu a soltura de 60 reféns israelenses, 20 tailandeses, 1 filipino e 1 russo-israelense à margem do acordo — o governo da Tailândia, por exemplo, fez uma negociação separada para resgatar os trabalhadores rurais.
Israel calcula que cerca de 240 pessoas tenham sido levadas para Gaza nos ataques terroristas de 7 de outubro. Nos últimos cinco dias, a prioridade foi a libertação de mulheres, algumas delas idosas, e crianças.
Os grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica mantêm mais de 150 israelenses, entre civis e militares.
Em Doha, David Barnea, diretor do Mossad (serviço secreto de Israel), reuniu-se com o chefe da CIA (agência de inteligência dos EUA) e funcionários de alto escalão do Catar e do Egito.
A agência de notícias Reuters afirma que as conversas incluíram uma possível nova fase no acordo de trégua, que envolve a libertação de reféns do Hamas que sejam homens ou militares.
O Hamas informou aos interlocutores que está disposto a prosseguir por mais quatro dias (até domingo) com a libertação de reféns em troca de palestinos detidos em cadeias israelenses — 180 já foram soltos desde a última sexta-feira.
Fontes ouvidas pelo jornal online The Times of Israel dizem haver 83 mulheres e 10 crianças detidas pelas organizações terroristas, sem contar 5 mulheres militares, que não foram incluídas no acordo atual.