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Família de John McAfee questiona suicídio, e defesa pede 2ª autópsia

Parentes do empresário britânico colocaram em dúvida a versão oficial para a morte dele em uma prisão espanhola

Internacional|Da EFE

McAfee foi encontrado morto em sua cela em uma prisão na Catalunha (Espanha)
McAfee foi encontrado morto em sua cela em uma prisão na Catalunha (Espanha)

A família de John McAfee duvida que o criador do famoso antivírus tenha se suicidado em uma prisão na Espanha, motivo pelo qual a defesa pediu ao juiz que investiga o caso uma segunda autópsia ao término da que já foi ordenada.

Leia também: Espanha investiga morte na prisão do criador do antivírus McAfee

McAfee, que tinha 75 años, foi encontrado morto na quarta-feira passada em sua cela na prisão de Brians 2, no município de Sant Esteve Sesrovires, na província de Barcelona, no mesmo dia em que a Audiência Nacional espanhola comunicou a decisão de extraditá-lo aos Estados Unidos por suposta evasão fiscal.

Um tribunal de Martorell, na mesma província, abriu um processo para realizar a autópsia e determinar as causas de morte do programador, que de acordo com fontes do sistema penitenciário cometeu suicídio.


No entanto, os parentes do americano questionam o suicídio, como relataram à Agência Efe fontes do entorno familiar. O advogado que representou McAfee no processo de extradição pediu ao juiz de Martorell uma segunda autópsia com os seus próprios especialistas para determinar as causas da morte.

Extradição para os EUA

John McAfee foi preso em outubro do ano passado por ordem da Audiência Nacional, que concordou em extraditá-lo para os EUA por supostamente ter escondido altos rendimentos das autoridades fiscais entre 2016 e 2018.


O programador foi detido em outubro, no aeroporto de Barcelona, quando estava prestes a pegar um voo para Istambul. Desde então, permaneceu sob custódia.

Durante a audiência de extradição, o empresário, cuja dívida fiscal americana chega a mais de US$ 4 milhões (cerca de R$ 20 milhões), alegou ter pagado "milhões de dólares em impostos" e disse ter sido vítima de perseguição política por ter denunciado corrupção na agência tributária.


"Não há provas de que tal coisa possa estar acontecendo", comentou a Audiência Nacional, acrescentando que o processo "tem amparo em um crime contra as finanças públicas" e cumpre os requisitos para chegar a acordo.

O criador do famoso antivírus já havia sido preso em 2012, na Guatemala e em Belize, por diferentes razões e em 2019, na República Dominicana, com armas a bordo de seu iate. As autoridades dominicanas o libertaram e ele viajou para o Reino Unido, onde criou o McAfee, um dos antivírus pioneiros.

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