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Famílias de vítimas de massacre na Uganda não conseguem identificar corpos

Os cadáveres estão desfigurados, principalmente os dos que morreram no fogo; a polícia fará exames de DNA

Internacional|Do R7

As vítimas foram mortas a golpes de faca, baleadas ou queimadas na escola Lhubiriha
As vítimas foram mortas a golpes de faca, baleadas ou queimadas na escola Lhubiriha

As famílias das vítimas do massacre em uma escola de Uganda ocorrido na última sexta-feira (16) aguardam nesta segunda (19) os resultados dos testes de DNA para identificar os restos mortais dos 41 mortos, a maioria deles estudantes.

As vítimas foram mortas a golpes de faca, baleadas ou queimadas na escola Lhubiriha, na localidade de Mpondwe, no oeste do país e perto da fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), onde a milícia jihadista, que as autoridades acusaram do ataque, tem o seu reduto.

Outros 15 membros da comunidade, incluindo cinco meninas, estão desaparecidos. O Exército e a polícia acusaram do crime as Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo rebelde ligado ao grupo jihadista Estado Islâmico.

Muitas das vítimas morreram queimadas quando os agressores incendiaram um dormitório coletivo, o que complica as tarefas de identificação e contagem.


"Não temos certeza se nossos filhos estão entre os alunos sequestrados ou queimados. Estamos tristes, talvez o governo nos dê uma resposta rápida, e estamos rezando", disse à AFP Joseph Masika, tutor de um dos alunos.

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Joe Walusimbi, comissário do distrito de Kesese, onde fica a escola, disse que a maioria das vítimas identificadas foi enterrada no domingo (18), mas os sepultamentos continuaram na segunda-feira.


"Estamos quase terminando o enterro dos mortos já identificados e aguardamos os exames de DNA dos alunos que arderam a ponto de não ser reconhecidos", declarou.

O ataque de sexta-feira foi o mais sangrento em Uganda desde 2010, quando 76 pessoas foram mortas em um duplo atentado em Kampala, realizado pelo grupo jihadista somali Al Shabab.

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