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Filipinas do 'durão' Duterte enfrentam forte crise econômica

Presidente linha-dura das Filipinas enfrenta preocupações com sua saúde, em meio a aumento de inflação puxada pelo preço dos alimentos

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Rodrigo Duterte segura rifle em cerimônia da polícia nacional filipina em abril
Rodrigo Duterte segura rifle em cerimônia da polícia nacional filipina em abril

Conhecido por sua postura autoritária contra adversários, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, enfrenta agora um inimigo mais difícil de atingir: uma crise econômica, causada pela desvalorização da moeda local e pelo maior aumento da inflação em 9 anos.

Puxada pela alta no preço de alimentos básicos, especialmente o arroz, a inflação em setembro fechou em 6,7%, o pior resultado em quase uma década.

A Bolsa de Valores local caminha para o pior resultado desde 2016 e vem perdendo investimentos estrangeiros dia a dia.

Importação de alimentos


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Nesta quinta-feira (11), Duterte atendeu a pedidos que vinham sendo feitos desde o início de 2017 e retirou as restrições para importação de arroz. Com isso, empresas de alimento podem importar o grão sem precisar de aprovação de autoridades estatais.

"Sabemos que muitos filipinos estão sentindo o impacto do aumento de preços, por isso o governo tomou essas medidas", afirmou o porta-voz de Duterte, Harry Roque, segundo a Bloomberg. "Esperamos que isso ajude a abaixar os preços nos mercados".


Mas enquanto sua equipe trabalha para conter os resultados ruins na economia, o presidente, em suas aparições públicas, prefere atacar opositores.

Saúde incerta


A saúde de Duterte é outro fator de incerteza. Recentemente, ele se submeteu a exames para descobrir se estaria com câncer. No mesmo dia, ele insinuou que a vice-presidente Leni Robredo seria "fraca demais" para governar em sua ausência.

Na última semana, ele demitiu o subsecretário de Trabalho, Joel Maglunsod, o último membro do gabinete que era considerado moderado.

Ataques à oposição

O presidente também vem perseguindo adversários políticos. No fim de setembro, a polícia prendeu o senador Antonio Trillanes, um dos principais opositores de Duterte no Congresso.

Ele havia sido condenado por participar de duas tentativas de golpe de estado contra a ex-presidente Gloria Arroyo, em 2003 e 2007, mas havia recebido uma anistia. Duterte cancelou a anistia e Trillanes foi preso. O senador pagou fiança e foi solto, mas não pode mais deixar o país por ordem da Justiça.

Desde fevereiro de 2017, a senadora Leila de Lima, outra opositora de Duterte, está na cadeia. Ela é acusada de participar de uma rede de tráfico de drogas, mas nega as acusações e diz que foi presa numa tentativa de silenciar a oposição nas Filipinas.

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