-
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, abriu nesta segunda-feira (31) um altar em memória das 154 pessoas mortas em um tumulto durante uma festa de Halloween, enquanto as autoridades enfrentam acusações de que a falta de controle policial tenha causado o desastre.
-
Depois que o presidente e sua esposa colocaram flores brancas no enorme altar construído em Seul para as vítimas do desastre de sábado, em sua maioria mulheres jovens, o público começou a chegar. Um homem ajoelhou-se diante do altar coberto de flores e chorou.
-
Em um memorial improvisado próximo a uma estação de metrô no popular bairro de Itaewon, onde ocorreu a tragédia, as pessoas pararam para rezar e deixar flores no local.
Enquanto isso, a imprensa e as redes sociais começaram a divulgar pedidos crescentes de responsabilização, devido às falhas no controle da multidão -
Quase 100 mil pessoas, a maioria jovens fantasiados para o Halloween, reuniram-se nos becos pequenos e sinuosos de Itaewon. Testemunhas citam a falta de segurança e de controle das multidões
-
A polícia afirmou nesta segunda-feira que enviou 137 policiais ao local, um número que alega ser maior do que em anos anteriores. Mas relatos indicaram que os policiais enviados estavam mais focados em vigiar o uso de drogas do que no controle de multidões
-
'Este foi um desastre que poderia ter sido evitado', disse Lee Young-ju, professor do Departamento de Incêndios e Desastres da Universidade de Seul, à televisão YTN.
-
Nas redes sociais, muitas pessoas reclamaram que a polícia, neste ano, não controlou a multidão e permitiu que muitas pessoas se reunissem em torno da estação de metrô e no beco que foi o epicentro do desastre.
'Moro em Itaewon há 10 anos e todos os anos há uma festa de Halloween, e a de ontem não foi maior que a dos anos anteriores', escreveu o usuário do Twitter @isakchoi312. -
A Coreia do Sul costuma ser eficiente no controle de multidões, e os protestos costumam ter tanta presença policial que ela chega a superar o número de manifestantes. Mas os organizadores dos protestos devem informar o evento às autoridades com antecedência, o que não é o caso quando os jovens chegam para comemorar em Itaewon
-
Segundo testemunhas, pessoas ficaram presas no beco e tentaram sair, sendo que algumas subiram em cima de outras. A maioria dos 154 mortos, entre os quais 26 estrangeiros, foi identificada até domingo. Mas o número pode aumentar, porque pelo menos 33 pessoas estão internadas em estado crítico
-
O país iniciou uma semana de luto nacional, com eventos e shows cancelados e bandeiras hasteadas a meio mastro