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Norte-coreanos improvisam com carne falsa para não morrer de fome

Carne falsa e casco de árvore: Essa é a gastronomia da Coreia do Norte

Internacional|Do R7

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Usando resíduos do processo de criação de óleo de soja, geralmente usados para alimentar porcos, a população norte-coreana conseguiu fazer algo que eles chamam de injogogi, que pode ser traduzida como "carne feita pelo homem". O alimento é pressionado até formar uma pasta, que é recheada com arroz e molho chili. Essa é uma das especiarias criadas pela população para fugir dos limites logísticos causados pelas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte
Por anos, alimentos improvisados como o injogogi eram o único jeito de sobreviver no país. Hoje em dia, eles são especiarias vendidas em mercados de rua não oficiais, conhecidos como jangmadang. Fugitivos dizem que há centenas desses mercados em Pyongyang. "Antigamente, as pessoas comiam injogogi porque não tinham opção", diz Cho Ui-sung, que fugiu para a Coreia do Sul em 2014. "Agora, comem porque é saborosa. " O seokdujeon, quitute da foto, é uma massa feita misturando pó de milho com água — dizem que é tão simples que até o povo das montanhas consegue fazer — e depois banhado em açúcar
Quando o governo parou de distribuir comida à população, restou às mentes mais criativas popularizar o dububab, que significa arroz de tofu: o dububab é um pouco de arroz com chili, enrolado em pele de tofu. De acordo com a ONU, apenas 70% da população é alimentada pelo governo norte-coreano, e ainda assim, não é a quantidade de comida relatada pelo governo
Já o injogigibab é feito com resíduos de soja secos e arroz. As tirinhas então são cobertas com molhos de peixe ou chili mesmo. Assim como os dububabs, eles são muito populares em mercados de rua. Segundo uma pesquisa feita por Byung-yeon Kim, professor da Universidade de Seul, 61% dos desertores norte-coreanos confiavam mais nos mercados de rua para comer, enquanto apenas 23,5% recebiam comida dos canais oficiais do governo
O "sundae" é um prato feito de sangue de porco estufado com grãos, como arroz, e vegetais. Ele é popular tanto na Coreia do Norte quanto na do Sul. Essas especiarias mais tradicionais podem ser resultado das políticas de encorajamento de bens produzidos nacionalmente, implantadas por Kim Jong-Un. O governo norte-coreano não divulga relatórios, mas dados de exportação da China sugerem que quase 45 mil toneladas de açúcar foram importadas pela Coreia do Norte entre janeiro e setembro desse ano
A Coreia do Norte não produz açúcar, mas consome cerca de 90 mil toneladas por ano, um número bem inferior ao milhão de toneladas anual que a Coreia do Sul consome. Isso vem da necessidade do país de dar à população alimentos que vão além das comidas tradicionais oferecidas pelo governo. O kongsatang, doce feito de feijão frito e coberto por açúcar, é um reflexo da ausência de produção nacional açucarada no país. Quando não há açúcar, eles usam glicose extraída de uvas para adoçar a iguaria
O alsatang é um docinho feito com açúcar e vinagre, e dado a crianças em sacos em dias especiais, como no aniversário do presidente fundador Kim Il Sung, 15 de abril. Desde que Kim Jong-Un assumiu, os órgãos internacionais estão contribuindo com menos fundos para ajudar a alimentar a população norte-coreana. Países da Europa e Ásia, incluindo Coreia do Sul, contribuem para ajudar a economia da Coreia do Norte
Esses "dedos de moça" feitos com farinha, açúcar, glicose de uva e fermento também são populares no "livre mercado" da Coreia do Norte, mas estão começando a perder para as pizzas. Não se sabe exatamente como os restaurantes norte-coreanos importam ingredientes como pepperoni, por exemplo, mas há restaurantes em Pyongyang que oferecem o prato. Alguns desses restaurantes são orientados para turistas, e podem ser pagos em euro ou dólar *Texto de Victor Fermino, estagiário do R7

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Usando resíduos do processo de criação de óleo de soja, geralmente usados para alimentar porcos, a população norte-coreana conseguiu fazer algo que eles chamam de injogogi, que pode ser traduzida como "carne feita pelo homem". O alimento é pressionado até formar uma pasta, que é recheada com arroz e molho chili. Essa é uma das especiarias criadas pela população para fugir dos limites logísticos causados pelas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte
Por anos, alimentos improvisados como o injogogi eram o único jeito de sobreviver no país. Hoje em dia, eles são especiarias vendidas em mercados de rua não oficiais, conhecidos como jangmadang. Fugitivos dizem que há centenas desses mercados em Pyongyang. "Antigamente, as pessoas comiam injogogi porque não tinham opção", diz Cho Ui-sung, que fugiu para a Coreia do Sul em 2014. "Agora, comem porque é saborosa. " O seokdujeon, quitute da foto, é uma massa feita misturando pó de milho com água — dizem que é tão simples que até o povo das montanhas consegue fazer — e depois banhado em açúcar
Quando o governo parou de distribuir comida à população, restou às mentes mais criativas popularizar o dububab, que significa arroz de tofu: o dububab é um pouco de arroz com chili, enrolado em pele de tofu. De acordo com a ONU, apenas 70% da população é alimentada pelo governo norte-coreano, e ainda assim, não é a quantidade de comida relatada pelo governo
Já o injogigibab é feito com resíduos de soja secos e arroz. As tirinhas então são cobertas com molhos de peixe ou chili mesmo. Assim como os dububabs, eles são muito populares em mercados de rua. Segundo uma pesquisa feita por Byung-yeon Kim, professor da Universidade de Seul, 61% dos desertores norte-coreanos confiavam mais nos mercados de rua para comer, enquanto apenas 23,5% recebiam comida dos canais oficiais do governo
O "sundae" é um prato feito de sangue de porco estufado com grãos, como arroz, e vegetais. Ele é popular tanto na Coreia do Norte quanto na do Sul. Essas especiarias mais tradicionais podem ser resultado das políticas de encorajamento de bens produzidos nacionalmente, implantadas por Kim Jong-Un. O governo norte-coreano não divulga relatórios, mas dados de exportação da China sugerem que quase 45 mil toneladas de açúcar foram importadas pela Coreia do Norte entre janeiro e setembro desse ano
A Coreia do Norte não produz açúcar, mas consome cerca de 90 mil toneladas por ano, um número bem inferior ao milhão de toneladas anual que a Coreia do Sul consome. Isso vem da necessidade do país de dar à população alimentos que vão além das comidas tradicionais oferecidas pelo governo. O kongsatang, doce feito de feijão frito e coberto por açúcar, é um reflexo da ausência de produção nacional açucarada no país. Quando não há açúcar, eles usam glicose extraída de uvas para adoçar a iguaria
O alsatang é um docinho feito com açúcar e vinagre, e dado a crianças em sacos em dias especiais, como no aniversário do presidente fundador Kim Il Sung, 15 de abril. Desde que Kim Jong-Un assumiu, os órgãos internacionais estão contribuindo com menos fundos para ajudar a alimentar a população norte-coreana. Países da Europa e Ásia, incluindo Coreia do Sul, contribuem para ajudar a economia da Coreia do Norte
Esses "dedos de moça" feitos com farinha, açúcar, glicose de uva e fermento também são populares no "livre mercado" da Coreia do Norte, mas estão começando a perder para as pizzas. Não se sabe exatamente como os restaurantes norte-coreanos importam ingredientes como pepperoni, por exemplo, mas há restaurantes em Pyongyang que oferecem o prato. Alguns desses restaurantes são orientados para turistas, e podem ser pagos em euro ou dólar *Texto de Victor Fermino, estagiário do R7

Usando resíduos do processo de criação de óleo de soja, geralmente usados para alimentar porcos, a população norte-coreana conseguiu fazer algo que eles chamam de injogogi, que pode ser traduzida como "carne feita pelo homem". O alimento é pressionado até formar uma pasta, que é recheada com arroz e molho chili. Essa é uma das especiarias criadas pela população para fugir dos limites logísticos causados pelas sanções econômicas impostas à Coreia do Norte

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