Os protestos da população que assolam o Haiti há dois dias já causaram a morte de pelo menos três pessoas e destruíram áreas da capital Porto Príncipe. As manifestações também deixaram dezenas de feridos
REUTERS/Andres Martinez Casares/08-07-18
A revolta popular se iniciou depois do anúncio de que haveria um aumento no preço dos combustíveis, a partir do último sábado (7), chegando a 49% no preço da gasolina, 40% no do diesel e 50% no do querosene. A cidade de Cabo Haitiano, no norte, também foi palco de protestos
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Supermercados foram saqueados, carros foram incendiados, um hotel de luxo foi atacado com pedras e os transportes na capital foram paralisados. Chegou-se a ouvir rajadas de metralhadoras durante os distúrbios
Após pedir calma à população, o primeiro-ministro Jacques Guy Lafontant, no cargo desde fevereiro de 2017, voltou atrás no decreto e suspendeu momentaneamente o aumento nos combustíveis
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Cerca de 80% dos habitantes do Haiti vive com menos de dois dólares por dia. Pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organização das Nações Unidas), o país é o mais pobre das Américas. E o querosene é fundamental para iluminar os lares do país. A situação se tornou emergencial quando houve inclusive ameaça à estabilidade do governo
Reuters
O presidente da câmara baixa, dos deputados, Gary Dodeau, deu um ultimato ao governo para voltar atrás na medida. Caso contrário prometeu derrubar o governo e transferir o poder para o Parlamento
O aumento havia ocorrido em função de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que teria definido uma redução dos subsídios dos combustíveis, exigindo do governo haitiano medidas de austeridade econômica
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A frequente violência no país tem relação com a instabilidade política. Em 2016 o segundo turno das eleições foi adiado, em função da violência, e foi instaurado um governo provisório Brasil encerra atividade militar em missão de paz no Haiti
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O presidente do Senado, Joceleme Privert, assumiu a presidência do país, Ele continua mesmo com seu mandato expirado, pelo fato de não ter havido definição em relação à conclusão das eleições