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Repressão a protestos no Chile dispara violações de direitos

Desde começo das manifestações, mais de 200 pessoas perderam visão, 23 morreram, quase 1,700 ficaram feridas e outras 7 mil foram presas

Internacional|ccmarques

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Quando os protestos no Chile começaram, em meados de outubro, estudantes e policiais se confrontaram em estações de metrô. A violência do primeiro dia mostrou como seria o ritmo dos protestos, com o número de denúncias de violações de direitos humanos, tortura e excesso de violência policial disparando no país 
Até agora, 23 pessoas morreram, cerca de 7 mil foram presas, quase 1,700 manifestantes e 800 policiais foram feridos, segundo grupos de direitos humanos. Mais de 200 pessoas perderam a visão, depois que policiais dispararam balas de borrada e bombas no rosto dos manifestantes
Segundo Patricio Acosta, presidente da Cruz Vermelha no Chile, mais pessoas perderam o olho nas últimas três semanas que nos últimos 20 anos. A Sociedade de Oftalmologia Chilena registrou 255 casos de trauma severo de visão entre o dia 19 de outubro até o dia 10 de novembro, e esse número pode continuar subindo 
Entre os mortos está Alex Nuñez, que voltava para casa depois do toque de recolher decretado pelo presidente, Sebastian Piñera, quando foi brutalmente agredido pela polícia. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Ele teve lesão cerebral, edema no cérebro e o crânio fraturado", conta a viúva, Natalia Perez
A enfermeira de 24 anos, Natalia Aravena, perdeu parcialmente a visão durante um dos protestos. "Os policiais saíram do carro com armas e atirando gás lacrimogêneo. Eles estavam atirando para o alto e depois começaram a atirar nas pessoas", diz. Ela foi atingida por uma bomba de gás, que atingiu seu rosto e rompeu seu olho. "Eu estava protestando com a minha voz e eles me atacaram com uma arma"
Piñera condenou a brutalidade e excesso dos policiais na hora de conter os protestos, mas não tomou nenhuma medida para impedir o uso de força e armas. Ele disse em um discurso que vai investigar os crimes cometidos pelos policiais. "Com a mesma força que nós vamos investigar, processar e sancionar os grupos criminosos que destruíram propriedade, nós vamos investigar qualquer excesso, falhas no protocolo no uso de força ou uso excessivo de força"
A artista de rua Camila Miranda é uma das vítimas de excesso de violência da polícia. A jovem estava participando de uma marcha no dia 4 de novembro, quando a violência estourou. Policiais a balearam 6 vezes com balas de borracha, e quatro dos tiros entraram na carne. Enquanto se apoiou em uma grade para se segurar de pé, quando policiais a atingiram com gás no rosto. Ela foi arrastada para um carro da polícia, atingida na cabeça e jogaram mais gás. Toda a cena foi registrada por fotógrafos da Reuters
Desde outubro, prédios foram depredados, propriedades invadidas, alguns lugares foram incendiados e o metrô interditado. A escalada da violência se tornou uma constante nos protestos  Leia mais: No Chile, população convive com protestos e violência policial
A polícia diz que está seguindo os protocolos e que os agentes são treinados para controlar as manifestações. O chefe de polícia Mario Rozas ordenou que os guardas armados levassem câmeras e disse durante esta semana que especialistas em direitos humanos serão enviados para protestos
Os protestos seguem e não existe uma previsão de quando as coisas vão se tranquilizar no Chile, mas Camila Miranda diz que os chilenos seguirão firmes. "Nós não nos importamos em passar fome, enfrentar dificuldades, negligência, dor", diz. "As pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios para alcançar uma mudança real"

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Quando os protestos no Chile começaram, em meados de outubro, estudantes e policiais se confrontaram em estações de metrô. A violência do primeiro dia mostrou como seria o ritmo dos protestos, com o número de denúncias de violações de direitos humanos, tortura e excesso de violência policial disparando no país 
Até agora, 23 pessoas morreram, cerca de 7 mil foram presas, quase 1,700 manifestantes e 800 policiais foram feridos, segundo grupos de direitos humanos. Mais de 200 pessoas perderam a visão, depois que policiais dispararam balas de borrada e bombas no rosto dos manifestantes
Segundo Patricio Acosta, presidente da Cruz Vermelha no Chile, mais pessoas perderam o olho nas últimas três semanas que nos últimos 20 anos. A Sociedade de Oftalmologia Chilena registrou 255 casos de trauma severo de visão entre o dia 19 de outubro até o dia 10 de novembro, e esse número pode continuar subindo 
Entre os mortos está Alex Nuñez, que voltava para casa depois do toque de recolher decretado pelo presidente, Sebastian Piñera, quando foi brutalmente agredido pela polícia. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. Ele teve lesão cerebral, edema no cérebro e o crânio fraturado", conta a viúva, Natalia Perez
A enfermeira de 24 anos, Natalia Aravena, perdeu parcialmente a visão durante um dos protestos. "Os policiais saíram do carro com armas e atirando gás lacrimogêneo. Eles estavam atirando para o alto e depois começaram a atirar nas pessoas", diz. Ela foi atingida por uma bomba de gás, que atingiu seu rosto e rompeu seu olho. "Eu estava protestando com a minha voz e eles me atacaram com uma arma"
Piñera condenou a brutalidade e excesso dos policiais na hora de conter os protestos, mas não tomou nenhuma medida para impedir o uso de força e armas. Ele disse em um discurso que vai investigar os crimes cometidos pelos policiais. "Com a mesma força que nós vamos investigar, processar e sancionar os grupos criminosos que destruíram propriedade, nós vamos investigar qualquer excesso, falhas no protocolo no uso de força ou uso excessivo de força"
A artista de rua Camila Miranda é uma das vítimas de excesso de violência da polícia. A jovem estava participando de uma marcha no dia 4 de novembro, quando a violência estourou. Policiais a balearam 6 vezes com balas de borracha, e quatro dos tiros entraram na carne. Enquanto se apoiou em uma grade para se segurar de pé, quando policiais a atingiram com gás no rosto. Ela foi arrastada para um carro da polícia, atingida na cabeça e jogaram mais gás. Toda a cena foi registrada por fotógrafos da Reuters
Desde outubro, prédios foram depredados, propriedades invadidas, alguns lugares foram incendiados e o metrô interditado. A escalada da violência se tornou uma constante nos protestos  Leia mais: No Chile, população convive com protestos e violência policial
A polícia diz que está seguindo os protocolos e que os agentes são treinados para controlar as manifestações. O chefe de polícia Mario Rozas ordenou que os guardas armados levassem câmeras e disse durante esta semana que especialistas em direitos humanos serão enviados para protestos
Os protestos seguem e não existe uma previsão de quando as coisas vão se tranquilizar no Chile, mas Camila Miranda diz que os chilenos seguirão firmes. "Nós não nos importamos em passar fome, enfrentar dificuldades, negligência, dor", diz. "As pessoas estão dispostas a fazer sacrifícios para alcançar uma mudança real"

Quando os protestos no Chile começaram, em meados de outubro, estudantes e policiais se confrontaram em estações de metrô. A violência do primeiro dia mostrou como seria o ritmo dos protestos, com o número de denúncias de violações de direitos humanos, tortura e excesso de violência policial disparando no país 

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