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Funcionários montam barricada para conter atirador durante atentado em Nova York; fotos

Imagens que circulam nas redes sociais mostram pilhas de sofás e móveis contra porta de escritório; ataque deixou cinco mortos

Internacional|Do R7

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • Funcionários em Nova York improvisam barricada com móveis para conter atirador durante ataque em prédio de luxo.
  • Identificado como Shane Devon Tamura, o atirador de 27 anos causou a morte de quatro pessoas antes de tirar a própria vida.
  • Tamura deixava um bilhete culpando a NFL por problemas de saúde mental relacionados ao futebol americano.
  • A tragédia gerou debates sobre segurança em prédios corporativos e o impacto da violência armada.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Funcionários colocaram pilhas de sofás e móveis contra porta de escritório durante atentado Reprodução/X/@SpencerHakimian

Funcionários improvisaram uma barricada com móveis na porta da sala da empresa durante o atentado em um prédio de luxo em Nova York, nos Estados Unidos, que deixou cinco pessoas mortas na segunda-feira (28).

Imagens que circulam nas redes sociais mostram os empregados, em trajes sociais, empilhando dezenas de sofás e outros móveis contra a porta do escritório, que, segundo o jornal britânico Daily Mail, fica no 32º andar do edifício.


De acordo com as autoridades, o ataque teve como alvo inicial os escritórios da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês), que ficam no 33º andar do prédio.

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Como foi o ataque?

O atirador foi identificado como Shane Devon Tamura, um jovem de 27 anos natural de Las Vegas, Nevada. Ele atravessou o país em um carro de luxo registrado em seu nome e chegou em Nova York ainda na segunda-feira.


Imagens de câmeras de segurança, segundo a polícia, mostram Tamura saindo do veículo estacionado, usando óculos escuros e carregando um rifle M4. Ele entra no saguão do prédio, localizado no número 345 da Park Avenue, e abre fogo imediatamente.

No saguão, Tamura atirou contra um policial da cidade, Didarul Islam, de 36 anos, que estava de folga e trabalhava como segurança no edifício. Islam morreu.


Em seguida, o suspeito matou uma mulher que tentava se proteger atrás de uma coluna, e baleou outro segurança, escondido atrás da mesa de vigilância, e um terceiro homem.

Depois, Tamura pegou um elevador e subiu até o 33º andar, onde matou outra mulher. Por fim, ele tirou a própria vida com um tiro no peito, segundo a comissária de polícia de Nova York, Jessica Tisch.


Dentro do carro de Tamura, os investigadores encontraram um estojo de arma, um revólver carregado, carregadores, munição e medicamentos prescritos para o atirador, embora o tipo e a finalidade dos remédios não tenham sido divulgados.

Atentado em prédio de luxo de Nova York deixou cinco mortos Reprodução/X/@SpencerHakimian

Quem era o atirador e qual era a motivação?

A comissária Jessica Tisch disse que, segundo registros policiais de Las Vegas, Tamura tinha um “histórico documentado de problemas de saúde mental”.

Um bilhete de três páginas foi encontrado com o corpo do atirador, no qual ele culpava a NFL por uma suposta encefalopatia traumática crônica (CTE), uma doença neurodegenerativa que ele acreditava ter contraído enquanto jogava futebol americano no ensino médio.

No bilhete, Tamura fazia críticas contundentes à NFL, acusando a liga de esconder os perigos do esporte em prol do lucro, de acordo com o canal de notícias norte-americano NBC News. Ele também expressava remorso, dizendo “sinto muito” e pedindo que seu cérebro fosse estudado.

As autoridades, incluindo o FBI, a polícia federal dos EUA, ainda investigam as motivações exatas do ataque e analisam um celular encontrado no local para buscar mais pistas.

Tamura estudou no ensino médio no sul da Califórnia, onde jogou futebol americano como running back. Em 2015, ele foi transferido para a Granada Hills Charter School, em Los Angeles.

Ele foi mencionado por seu técnico em um artigo publicado pelo jornal Los Angeles Times em 2015 como um jogador promissor. Ex-colegas de equipe disseram que ficaram surpresos ao saber que ele era o suspeito do atentado.

Por que o atirador não chegou ao escritório da NFL?

Embora o alvo principal de Tamura fosse a sede da NFL, localizada no 5º andar do prédio, ele não conseguiu chegar ao local.

Em entrevista a emissoras norte-americanas, o prefeito de Nova York, Eric Adams, disse que o edifício possui dois conjuntos de elevadores, e nem todos acessam todos os andares. Tamura usou o “conjunto errado” e acabou no 33º andar.

Adams disse ainda que o prédio possui sistemas de segurança, como um mecanismo para travar elevadores, mas o funcionário responsável por esse sistema foi morto no saguão, impossibilitando a ativação.

O edifício na Park Avenue fica no coração de Manhattan é um dos imóveis mais prestigiados de Nova York, abrigando, além da NFL, empresas como Rudin Management, KPMG, Blackstone e Deutsche Bank.

Quem eram as vítimas?

O policial Didarul Islam, de 36 anos, era um imigrante de Bangladesh que trabalhava como segurança no prédio durante seu dia de folga. Ele deixa uma esposa grávida e dois filhos. “Ele morreu como viveu: um herói”, disse a comissária Jessica Tisch.

As outras três vítimas fatais — um homem e duas mulheres — não tiveram suas identidades divulgadas.

Outras quatro pessoas sofreram ferimentos leves ao tentar fugir do local, segundo a polícia. O comissário da NFL, Roger Goodell, disse que um funcionário da liga ficou gravemente ferido e está internado em condição estável.

O prefeito Eric Adams chamou a tragédia de um “ato de violência indizível” e apontou para a importância de medidas de segurança nos prédios corporativos da cidade. Roger Goodell disse que a liga está oferecendo apoio às vítimas e seus familiares.

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