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González se autoproclama presidente da Venezuela: ‘Ganhamos esta eleição’

‘Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve 30%’, sustenta opositor em carta aberta

Internacional|Do R7

Urrutia contesta resultados apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral Reprodução/Instagram @egonzalezurrutia

O principal opositor de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais venezuelanas, no último dia 28, Edmundo González Urrutia, autoproclamou-se vitorioso, nesta segunda-feira (5), enquanto aumentam as pressões internas e externas em torno da transparência do processo eleitoral no país.

“Vencemos esta eleição sem qualquer discussão”, afirmam em uma carta aberta Urrutia e a líder da oposição, María Corina Machado. O documento é assinado por ele como “presidente eleito da Venezuela”.

“Obtivemos 67% dos votos, enquanto Nicolás Maduro obteve 30%. Essa é a expressão da vontade popular. Vencemos em todos os estados do país e em quase todos os municípios. Todos os cidadãos são testemunhas desta realidade”, continuam.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) declarou a vitória de Maduro na madrugada de 29 de julho. Segundo o órgão, presidido por um chavista, o atual presidente obteve 51,95%, e González, 43,18%.


Os Estados Unidos, a Argentina e o Equador reconheceram a vitória do candidato da oposição. Por outro lado, Brasil, México e Colômbia adotaram um tom mais cauteloso.

Em nota conjunta, divulgada na quinta-feira (2), os três países citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes venezuelanos “cautela” para evitar o agravamento da situação no país.


O documento pede, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam.

González e María Corina acusam Maduro de dar um “golpe de estado” ao reivindicar a vitória sem que o CNE tenha apresentado as atas das mesas de votação, algo crucial, segundo observadores internacionais, para atestar a transparência do resultado.


Leia a carta de Edmundo González na íntegra:



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