Governo argentino abre arquivos sobre atentado à embaixada de Israel
Comunidade judaica atribui o ataque ao Irã e ao Hezbollah
Internacional|Do R7
O governo argentino ordenou nesta quinta-feira a abertura dos arquivos secretos referentes ao ataque terrorista de 1992 contra a embaixada de Israel em Buenos Aires, que deixou 29 mortos e mais de 200 feridos, por causa de um pedido realizado pela Corte Suprema de Justiça.
Por meio de um decreto presidencial publicado no Diário Oficial, o Executivo de Cristina Kirchner dispôs "a desclassificação da totalidade da documentação dos arquivos de inteligência relacionados com o mencionado atentado".
O governo argentino instruiu à Agência Federal de Inteligência "para que, mediante prévia análise, remeta à Corte Suprema de Justiça da Nação aqueles documentos onde se encontram informações relacionada com o brutal atentado".
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Cristina antecipou em março, em coincidência com o 23° aniversário do ataque contra a embaixada, que o governo desclassificaria a documentação uma vez que a Corte Suprema solicitasse, como já foi feito com os arquivos sobre a investigação do ataque de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina, no qual morreram 85 pessoas.
A comunidade judaica atribui ao Irã e ao Hezbollah o planejamento e execução de ambos atentados. Por mandato constitucional, como o atentado afetou uma delegação estrangeira, a investigação sobre o ataque à embaixada está desde o começo em mãos do máximo tribunal argentino.