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Governo da Venezuela aumenta salário mínimo em 375%

Agora, salário vale US$ 7, cerca de R$ 28. Mesmo aumento foi aplicado à chamada cesta tícket socialista, o bônus de alimentação obrigatório

Internacional|Da EFE

Salário mínimo na Venezuela agora vale R$ 28
Salário mínimo na Venezuela agora vale R$ 28 Ivan Alvarado / Reuters - 14.9.2019

O governo de Nicolás Maduro anunciou nesta segunda-feira (14) um aumento de 375% no salário mínimo legal na Venezuela, que passou de 40 mil para 150 mil bolívares por mês, o que equivale a passar de US$ 2,02 para US$ 7,60, cerca de R$ 28.

O anúncio foi feito pelo presidente da Comissão de Trabalhadores da Assembleia Nacional Constituinte - um fórum composto por mais de 500 simpatizantes de Maduro e cuja legitimidade não é reconhecida pela maior parte da comunidade internacional -, Francisco Torrealba, que já exerceu o cargo de ministro do Trabalho.

O mesmo aumento dado ao salário mínimo foi aplicado à chamada cesta tícket socialista, o bônus de alimentação de pagamento obrigatório na Venezuela.

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"A nova renda mínima para todos os trabalhadores na República Bolivariana da Venezuela foi estabelecida em 300 mil bolívares soberanos, dos quais 150 mil correspondem a salário mínimo e 150 mil à cesta ticket socialista", declarou.


Torrealba não esclareceu quando o aumento passará a valer ou se também beneficiará as mais de 4 milhões de pessoas que, de acordo com o governo de Nicolás Maduro, recebem aposentadorias que equivalem ao salário mínimo no país.

Crise econômica


Em agosto de 2018, Maduro lançou um pacote de medidas econômicas que vincularam o salário mínimo à criptomoeda petro, que é alvo de uma sanção dos Estados Unidos e tem pouca incidência no sistema de pagamentos do país.

As principais entidades patronais da Venezuela ainda não se pronunciaram sobre o aumento, assim como sindicatos de trabalhadores, que exigem há vários meses uma melhoria substancial no valor.

A Venezuela atravessa a maior crise econômica de sua história moderna, com ciclos de escassez e altos preços dos produtos básicos e remédios causados por uma inflação que o Parlamento, controlado por opositores de Maduro, estimou em mais de 3.000% nos primeiros nove meses de 2019.

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