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Holanda levará Rússia aos tribunais por avião derrubado na Ucrânia

A queda, em 2014, ocasionou a morte de 298 pessoas. A Equipe de Investigação Conjunta disse que o míssil que atingiu o avião partiu da Rússia

Internacional|Da EFE

Holanda levará Rússia aos tribunais pelo 'seu papel' em queda de avião
Holanda levará Rússia aos tribunais pelo 'seu papel' em queda de avião Holanda levará Rússia aos tribunais pelo 'seu papel' em queda de avião

O governo da Holanda anunciou nesta sexta-feira (10) que levará a Rússia ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, sediado na cidade francesa de Estrasburgo, devido "ao papel" do país na derrubada do avião que fazia o voo MH17, da Malaysia Airlines, no dia 17 de julho de 2014.

A queda da aeronave, que decolou de Amsterdã rumo a Kuala Lumpur, ocasionou a morte de 298 pessoas, a maioria holandesas.

"Com o passo que damos hoje, apresentando um caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos e respaldando ao máximo as denúncias dos familiares, estamos nos aproximando do nosso objetivo", frisou o ministro das Relações Exteriores holandês, Stef Blok, sobre uma ação que se soma à já apresentada por famílias das vítimas.

Em comunicado, o ministro explicou que, ao apresentar uma denúncia "interestatal", o governo holandês está "compartilhando toda a informação disponível e relevante sobre a derrubada do avião com o tribunal" e que esta ação se soma à denúncia contra a Rússia que foi levada a Estrasburgo por famílias das vítimas.

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"Fazer justiça às 298 vítimas da derrubada do avião é e continuará sendo a maior prioridade do governo", declarou Blok, ao informar que também notificará o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a decisão de levar o caso ao tribunal.

Enquanto aguarda a reação de Moscou, o governo holandês disse ter a intenção de continuar participando das reuniões diplomáticas iniciadas no ano passado com a Rússia "em matéria de responsabilidade do Estado", com as quais pretende encontrar uma solução "que faça justiça ao enorme sofrimento e dano causado".

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"Quase seis anos depois da derrubada do voo MH17, a busca da verdade, da justiça e da responsabilidade continua sendo a prioridade do governo holandês, que não descarta nenhuma via legal para alcançar este objetivo. Este último passo nos aproxima mais", enfatiza a nota.

Há dois anos, Holanda e Austrália - países de origem da maioria das vítimas - responsabilizaram oficialmente a Rússia pela participação no incidente. A Equipe de Investigação Conjunta advertiu que o míssil lançado contra o avião saiu de uma brigada do Exército russo.

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Em 9 de março, o tribunal de alta segurança de Schiphol, em Amesterdã, abriu um processo contra quatro suspeitos - os russos Sergey Dubinsky, Oleg Pulatov e Igor Girkin, e o ucraniano Leonid Chartshenko - acusados de homicídio pelo suposto envolvimento no transporte do sistema de mísseis que disparou contra o avião.

Com exceção de Pulatov, que deixou sua defesa a cargo de uma equipe de advogados holandeses, os outros três suspeitos estão sendo julgados em ausência e não reconhecem este processo judicial.

Moscou sempre negou o envolvimento na queda do avião e não apoia o julgamento iniciado pelo sistema jurídico holandês, nem o resultado das investigações.

O voo MH17, entre Amesterdã e Kuala Lumpur, foi abatido por um míssil terra-ar disparado de uma área controlada por milícias separatistas pró-russas. A equipe de investigação concluiu que se tratava de um míssil Buk de fabricação russa e que foi deslocado do território russo para o leste da Ucrânia dias antes da tragédia.

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