Homem diz que é gay e apanha até a morte na Rússia

Um aparente assassinato homofóbico aumentou as preocupações entre ativistas russos sobre o preconceito contra os gays — eles temem que um projeto de lei que proíbe a "propaganda" homossexual incentive a homofobia.

O corpo de um homem de 23 anos foi encontrado no pátio de um prédio ao sul da cidade de Volgograd no início da sexta-feira (10) com vários ferimentos, incluindo na área genital, informou o Comitê Investigativo Federal neste sábado (11).

Segundo o órgão, um conhecido de 22 anos de idade da vítima e um ex-presidiário de 27 anos haviam sido detidos sob suspeita de assassinato.

Um investigador em Volgograd, Andrei Gapchenko, disse à rádio Ekho Moskvy que os suspeitos disseram que estavam bebendo com a vítima e começaram a espancá-lo depois que ele disse ser homossexual.

É raro que as autoridades policiais na Rússia especifiquem suspeitas de que a homofobia foi o motivo de um ataque, e ativistas dizem que muitos ataques contra homossexuais não são tratados ou descrita como tal pela polícia.

Nikolai Alexeyev, conhecido ativista, lembrou um projeto de lei para proibir a divulgação "propaganda homossexual" entre os menores de idade poderia fazer os russos menos propensos a temer consequências por atacar gays.

"Este incidente monstruoso em Volgograd demonstra os frutos da política homofóbica que está sendo realizado no país, incluindo a iniciativa de proibir a propaganda homossexual", disse Alexeyev à agência de notícias Interfax.

Críticos dizem que a lei, que deverá ganhar a aprovação final do Parlamento dentro de algumas semanas, seria efetivamente banir manifestações pelos direitos homossexuais e reduzir drasticamente as liberdades básicas.

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