Incêndio no norte da Califórnia deixa 16 ainda desaparecidos

Houve confirmação de seis mortes desde quinta-feira; quase 900 casas e 300 construções viraram cinzas e quase 40 mil pessoas tiveram de fugir

31/07/2018 - 19h43 (Atualizado em 22/02/2024 - 12h19)

A polícia realizava buscas nesta terça-feira por 16 pessoas desaparecidas em um dos mais destrutivos incêndios florestais da história da Califórnia e bombeiros tiraram vantagem de ventos mais calmos para conseguir progredir na criação de barreiras contra as chamas.

Houve a confirmação de seis mortes desde quinta-feira. Quase 900 casas e 300 outras construções foram reduzidos a cinzas e quase 40 mil pessoas foram forçadas a fugir conforme o incêndio Carr consumia 45 mil hectares de terreno montanhoso perto da cidade de Redding, na região norte do Estado.

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Dezesseis pessoas eram consideradas desaparecidas nesta terça-feira, disse o sargento Todd Cogle, da polícia de Redding, um aumento em relação à contagem de sete pessoas na segunda-feira. O número de pessoas cujo paradeiro é desconhecido tem oscilado e em um momento a lista possuía 26 nomes, disse Cogle, que está supervisionando uma linha direta de pessoas desaparecidas.

Até a manhã desta terça-feira, cerca de 3.600 bombeiros haviam criado linhas de proteção em cerca de 27 por cento do perímetro do incêndio, em um aumento em relação aos 5 por cento durante grande parte da última semana, graças a ventos mais calmos na área. Moradores retirados de uma área da subdivisão de Redding ao norte do rio Sacramento receberam autorização para retornarem às suas casas nesta terça-feira.

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O incêndio, o sétimo mais destrutivo na história da Califórnia, se espalhou sem avisos para Redding e comunidades adjacentes na semana passada após ser chicoteado por fortes ventos em uma tempestade de fogo que passou pelo rio Sacramento.

Este é o maior de 17 incêndios florestais que agora atingem o Estado, impulsionados por vegetação seca, temperaturas altas e ventos sem precedentes.

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Os incêndios são consequência da alta temperatura, aliada a um clima seco. Eles costumam ter início em regiões de vegetação, provocados por qualquer ação humana, como pontas de cigarros acesas, queimadas, ou até por um fenômeno da natureza, como a descarga de um raio. Ventos também fortalecem as chamas

Nos Estados Unidos, há várias semanas se prolonga o incêndio no Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia. Mais de 13.600 hectares foram queimados

O parque recebe mais de 3 milhões de turistas anualmente, possui uma vasta biodiversidade, cânions, vales e rios e, mesmo chovendo bastante no inverno, torna-se vulnerável aos incêndios no verão, quando quase não chove

Os incêndios têm sido frequentes na região da Serra Nevada, onde se situa o parque. Mais de três mil bombeiros trabalham para debelar as chamas

Chamas que também se espalham pela Suécia, onde o verão é o mais intenso do século. Cerca de 27 pontos no país foram focos de incêndios

Uma das áreas afetadas é próxima à aldeia de Grotingen, no município de Bracke, no centro da Suécia (foto). Incêndios também ocorreram em outros países da região, como Finlândia e Noruega

O Japão também vive momentos difíceis, com calor recorde e umidade. As altas temperaturas, nas últimas três semanas, já causaram pelo menos 77 mortes e levaram cerca de 35 mil pessoas para os hospitais

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Em Tóquio, as temperaturas chegaram a 41,1 graus nesta terça-feira (24). Mas muitas outras cidades sofreram com o calor. Kumagaya, na província de Saitama, registrou o recorde de temperatura no país

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