Irã ‘armado seria uma sentença de morte’ para o mundo, diz Israel
Na ONU, embaixador de Israel disse que o mundo deveria agradecer aos EUA por ataque contra o Irã

O embaixador de Israel na ONU (Organização das Nações Unidas), Danny Danon, disse, neste domingo (22), que seria uma “sentença de morte” para o mundo o Irã usar armamentos nucleares. Durante reunião do conselho de segurança da ONU, Danon defendeu o ataque dos EUA contra três instalações nucleares do Irã, ocorrido na noite do sábado (21).
Os EUA se envolveram no conflito entre Israel e Irã. Hoje, o conselho da ONU se reuniu para discutir uma possível proposta de cessar-fogo, a pedido do embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Iravani.
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“Não se enganem. O custo da inação teria sido catastrófico. O Irã, armado nuclearmente, seria uma sentença de morte para vocês e para nós. O Irã atacou instalações civis, Israel atacou bases militares. Não são escolas, são locais nucleares. Essa é uma diferença moral entre nós e eles. Eles buscam o caos, nós buscamos a ordem. Eles constroem armas para destruir o mundo, nós criamos parcerias para protegê-lo”, afirmou.
Apesar da declaração do embaixador isrealense, o Irã nega qualquer construção de bomba nuclear e afirma que os EUA escolheram “sacrificar a segurança” para proteger o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Já Israel classificou os EUA como “líderes do mundo” e afirmou que o ataque foi a remoção de uma “grande ameaça existencial”. Além disso, que o mundo deveria agradecer aos EUA.
“Assim como nossa operação, isso não foi uma guerra de escolha, foi uma necessidade. Como um ato de direito para os EUA, Israel e para o mundo. O mundo todo deve registrar hoje e agora seu agradecimento ao EUA por remover a grande ameaça a segurança global. Seu agradecimento ao presidente (Donald) Trump por agir quando muitos hesitaram”, afirmou o embaixador.
Danon também acusou o Irã de enriquecer com urânio acima do limite de uso civil e de transformar as negociações por cessar-fogo em um “teatro”.
O embaixador afirmou que o Irã teve “todas as chances” possíveis do mundo livre e não honrou os compromissos assumidos. “O Irã não tomou atitude, portanto, teve de ser movido. O objetivo nunca foi energia pacífica, mas morte e destruição, seu programa nuclear não era diplomático, mas uma arma para engatilhar”, prosseguiu.
Na ONU, o embaixador iraniano afirmou que o Irã avisou aos líderes mundiais que a escalada de conflito entre seu país, os EUA e Israel deveria ser evitada. Ele ainda lembrou que o Irã possui o direito internacional de se defender do ataque dos EUA e que a “natureza e proporcionalidade da resposta será decidida por nossas forças militares”.
Já os EUA falaram em “retaliações devastadoras”, caso Irã ataque bases americanas.
EUA atacam o Irã
Na noite do sábado (21), os EUA atacaram três instalações nucleares do Irã durante uma ofensiva coordenada e mantida em sigilo até sua execução.
A operação, batizada de Midnight Hammer (Martelo da Meia-noite), mobilizou bombardeiros B-2 partindo diretamente do território norte-americano e contou com o lançamento de mísseis Tomahawk por um submarino posicionado no Golfo Pérsico.
Durante coletiva no Pentágono, o secretário de Defesa Pete Hegseth afirmou que os bombardeios contra três instalações nucleares iranianas “devastaram o programa nuclear do Irã”.
Há pouco, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, afirmou que os recentes ataques realizados pelos EUA contra instalações nucleares no Irã foram um ato “necessário” e uma “decisão corajosa”.
Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a “diplomacia deve prevalecer e civis devem ser protegidos”.
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