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Iraque: tropas americanas não têm permissão para estar no país

Comando das Operações Conjuntas iraquiano informou que soldados de Trump não são bem-vindos. 'Não há aceitação da permanência destas forças'

Internacional|Da EFE

Tropas dos EUA chegaram no Iraque nesta 2ª-feira (21)
Tropas dos EUA chegaram no Iraque nesta 2ª-feira (21)

As tropas americanas procedentes do nordeste da Síria que estão sendo realocadas no Iraque não podem permanecer no país, informou o Comando das Operações Conjuntas iraquiano, nesta terça-feira (22).

"Não há nenhuma aceitação da permanência destas forças no Iraque. Todas as forças americanas que tinham se retirado da Síria conseguiram uma permissão para entrar na região do Curdistão (iraquiano), mas para o translado para fora do Iraque", afirmou o Comando em comunicado reproduzido pela agência de notícias estatal NINA.

Um comboio formado por cerca de cem veículos americanos entrou nesta segunda-feira no Curdistão iraquiano, procedente do norte da Síria, de onde se retirou por ordem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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A determinação de Trump foi anunciada pouco antes do início da ofensiva turca contra os curdos no nordeste da Síria, em 9 de outubro.


"À medida que nos retiramos do nordeste da Síria, reposicionaremos temporariamente estas forças na região fora da Síria até que voltem para casa", explicou pelo Twitter na segunda-feira o Secretário de Defesa americano, Mark Esper.

O próprio Esper anunciou a retirada no domingo passado e disse que Washington transferiria ao oeste do Iraque todos os soldados que decidiu retirar do norte da Síria para defender o território iraquiano e combater o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).


A decisão afetará aproximadamente mil soldados americanos que estavam no norte da Síria e que tiveram a retirada ordenada antes que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, iniciasse a ofensiva. O governo turco pretende estabelecer uma "zona de segurança" na fronteira com a Síria.

Na quinta-feira passada, Washington e Ancara estebeleceram uma pausa de cinco dias na ofensiva turca para permitir a retirada das milícias curdo-sírias que a Turquia considera "terroristas", mas que tinham sido o melhor aliado dos EUA na luta contra o EI.

O cessar-fogo termina nesta terça-feira, às 22h (hora local; 16h em Brasília). O Ministério da Defesa turco já advertiu que "se sobrar algum miliciano na região às 22h01, ficará fora de combate com uma operação militar".

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