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Irlanda rejeita acordo UE-Mercosul caso Brasil não proteja a Amazônia

Varadkar ressaltou que a ratificação do pacto levará dois anos e que 'as ações ambientais do Brasil serão monitoradas de perto' nesse período

Internacional|Da EFE

UE está se manifestando contra o acordo
UE está se manifestando contra o acordo

O primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, alertou nesta sexta-feira (23) que o governo irlandês se oporá ao acordo de livre-comércio entre União Europeia (UE) Mercosul caso o Brasil não proteja as florestas da Amazônia.

"De modo algum a Irlanda votará a favor do acordo de livre-comércio UE-Mercosul se o Brasil não cumprir os seus compromissos ambientais. Estou muito preocupado porque neste ano vimos níveis recorde de destruição nas florestas amazônicas pelo fogo", afirmou em comunicado o chefe de governo.

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Varadkar classificou como "orwellianas" — em alusão às realidades distópicas retratadas nas obras do escritor britânico George Orwell — as acusações do presidente Jair Bolsonaro contra ONGs por supostamente provocarem os incêndios.

De acordo com o governante irlandês, a postura do governo brasileiro de permanecer "por enquanto" nos acordos climáticos de Paris "levantará as antenas em toda a Europa".


"Não podemos pedir aos agricultores irlandeses e europeus que utilizem menos pesticidas, menos adubos, promovam a biodiversidade, plantem mais nas suas terras, e esperar que façam isso se não promovemos acordos comerciais condicionados a padrões ambientais e trabalhistas decentes", afirmou Varadkar.

O acordo entre UE e Mercosul — que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — foi fechado em junho, após 20 anos de negociações. Varadkar ressaltou que levarão dois anos para a ratificação do pacto e que "as ações ambientais do Brasil serão monitoradas de perto" ao longo desse período.

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