Israel corta energia elétrica de Gaza em represália a múltiplos ataques do Hamas

Fornecimento de luz ao território palestino será de apenas quatro horas, ao invés das 12 horas tradicionais

Internacional|Do R7, com informações da AFP e EFE

07/10/2023 - 15h36 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h19)

O ministro da Energia de Israel, Ysrael Katz, assinou neste sábado (7) uma ordem para desconectar a Faixa de Gaza da rede elétrica israelense como represália aos múltiplos ataques terrestres, marítimos e aéreos do movimento islâmico Hamas ao país.

"Não será como antes", disse Katz em comunicado sobre a medida punitiva.

Gaza depende de Israel para o fornecimento de eletricidade, bem como para a importação de combustível para alimentar a única usina. Com essa medida, a Faixa deixa de ter 12 horas por dia de fornecimento de eletricidade para apenas quatro.

O Hamas lançou hoje um ataque surpresa por terra, mar e ar, que pegou Israel desprevenido. O país declarou guerra às milícias de Gaza e, desde então, ocorrem confrontos armados em várias partes do território israelense.

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Até o momento, os ataques deixaram ao menos 150 mortos e 1,1 mil feridos em Israel, e os bombardeios retaliatórios de aviões israelenses causaram pelo menos 232 mortes e deixaram mais de 1,6 mil feridos em Gaza, de acordo com números oficiais.

Foguete disparado pelo Hamas na Faixa de Gaza é interceptado pelo sistema de defesa de Israel

O grupo terrorista Hamas lançou neste sábado (7) uma ofensiva contra Israel, que reagiu imediatamente. Em resposta ao ataque, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Exército israelense utilizará "todo o seu poder" para destruir o Hamas e pediu aos palestinos que abandonem a Faixa de Gaza

O grupo terrorista Hamas lançou uma
ofensiva-surpresa contra Israel, com mais de 5.000 foguetes e mísseis
disparados da Faixa de Gaza. Os ataques aéreos foram seguidos por incursões
terrestres em cidades israelenses próximas, passagens de fronteira,
instalações militares e comunidades agrícolas (kibutzim). No primeiro dia da
guerra, Israel contabilizou 40 mortes — atualmente, sabe-se que mais de 1.400 pessoas foram
mortas em território israelense naquele dia e cerca de 230
foram sequestradas

Os ataques entre os dois lados ganharam escala rapidamente, a ponto de o governo israelense declarar alerta de guerra e afirmar que "o inimigo pagará um preço sem precedentes"

O comandante das Brigadas Al-Qassam, Mohammed Deif, anunciou o lançamento-surpresa da operação Dilúvio de Al-Aqsa

O nome da operação é "Dilúvio de Al-Aqsa", em homenagem à mesquita considerada o terceiro local sagrado do Islã em Jerusalém. Foi cuidadosamente preparada, talvez durante um ano, segundo especialistas militares israelenses, sob o nariz dos serviços de Inteligência de um país conhecido por suas capacidades nesse domínio. Enquanto os terroristas invadiam por terra, água e ar, também eram disparados milhares de foguetes em direção a cidades israelenses

O sofisticado sistema antimísseis de Israel, conhecido como Domo de Ferro, interceptou alguns foguetes lançados da Faixa de Gaza, na cidade de Ashkelon, no sul do país

Mísseis, porém, chegaram a atingir o solo na cidade de Ashkelon. Os serviços de emergência de Israel contabilizaram mais de 300 mortos e 1.400 feridos

Os ataques provocaram uma série de danos no local

Ashkelon fica a apenas 15 km da fronteira de Gaza

Os bombardeios atingiram áreas residenciais de Israel

Em Tel Aviv, a maior cidade do país, um prédio ficou em chamas após ter sido atingido por um míssil

Em Gaza, um carro israelense roubado por milicianos do Hamas foi incendiado

Após derrubar a grade que separa a fronteira, extremistas tomaram um tanque de guerra israelense

O Exército israelense respondeu, e mísseis também foram disparados em direção a alvos na cidade de Gaza

A resposta de Israel começou ainda naquele sábado. Aviões militares atacaram dezenas de alvos na Faixa de Gaza, território palestino comandado pelo Hamas desde 2007

"Estamos em guerra. Isso não é uma simples operação", disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu

"O inimigo pagará um preço sem precedentes", continou o premiê

"Nosso primeiro objetivo é eliminar as forças hostis que se infiltraram em nosso território e restaurar a segurança e a tranquilidade nas comunidades que foram atacadas. O segundo objetivo, ao mesmo tempo, é impor um preço imenso ao inimigo, dentro da Faixa de Gaza também. O terceiro objetivo é reforçar outras frentes para que ninguém se engane ao se juntar a esta guerra", complementou Netanyahu

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