A agência de inteligência de Israel, a Shin Bet, disse que frustrou uma tentativa de espionagem iraniana nesta sexta-feira, quando deteve e deportou um judeu iraniano que voou para o país com uma caixa de lenços de papel que seria destinada a esconder equipamentos de vigilância.
A Shin Bet disse que o homem, que tem parentes em Israel, admitiu em interrogatório no Aeroporto Ben Gurion que chegou ao país para espionar alvos israelenses para agentes de segurança iranianos. A agência disse que o homem, que foi encontrado com celulares, baterias e dinheiro, foi impedido de entrar e deportado de volta para o Irã.
"Este evento faz parte de um amplo esforço iraniano para estabelecer redes de espionagem e terror em Israel", disse a Shin Bet em um comunicado.
A missão do Irã na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Questionado sobre por que o suspeito foi deportado em vez de processado, um oficial de segurança disse à Reuters que, entre outras considerações operacionais da agência, acreditava que o homem estava agindo sob pressão e motivado por ganhos financeiros.
Israel e o Irã travam uma guerra paralela há décadas, com alegações mútuas de planos de sabotagem e assassinato.
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De acordo com o Congresso Judaico Mundial, havia cerca de 80.000 judeus no Irã na véspera da Revolução Islâmica de 1979, a maioria deles deixou o país desde então, mas acredita-se que a comunidade ainda seja a maior no Oriente Médio fora de Israel.
(Reportagem de Henriette Chacar; reportagem adicional de Dan Williams e Michelle Nichols)