Israel e o grupo terrorista Hezbollah se acusam de romper o cessar-fogo
Acordo entrou em vigor há pouco mais de um dia, mas é descrito pelos israelenses como ‘frágil'
Internacional|Kaic Ferreira, do R7
Israel e o grupo terrorista libanês Hezbollah acusam-se mutuamente de romper com o acordo de cessar-fogo na região, pouco mais de 24 horas após a decisão entrar em vigor.
De acordo com a NNA, agência de notícias estatais libanesa, quatro ataques israelenses foram registrados desde o início do cessar-fogo, que começou por volta das 23h (horário de Brasília) de terça-feira (26).
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As primeiras ações aconteceram na cidade de Marakaba, onde duas pessoas ficaram feridas. Simultaneamente, um tanque atirou contra a vila de Wazzani, do distrito de Marjayoun.
Posteriormente, um tanque de Israel disparou duas vezes contra a cidade de Kfarshouba. Por fim, segundo a NNA, as forças israelenses estão bombardeando a cidade de Helta.
Até o momento, não há informações sobre pessoas feridas nestes dois últimos ataques.
Já as FDI (Forças de Defesa de Israel) afirmaram que dispararam contra vários suspeitos que foram identificados a bordo de veículos enquanto estavam a caminho do sul do Líbano
O Exército israelense informa ainda que permanecerá na região para aplicar as regras, em caso de violação do acordo.
Já o Exército libanês assumiu a frente na região, enquanto as tropas israelenses deixam gradualmente o território, o que deve acontecer em 60 dias.
Uma fonte política ouvida pela Kan 11, TV estatal de Israel, admitiu que se trata de um “acordo frágil”. “Não é o fim da guerra, é um acordo de cessar-fogo que será revisto todos os dias. Pode levar dois dias e também dois anos.”
Na quarta-feira (27), rodovias do Líbano ficaram lotadas, com o retorno dos moradores que fugiram por conta do conflito. Alguns dos 60 mil israelenses que fugiram do norte do país, próximo à fronteira, também voltaram para suas casas.
No mesmo dia, quatro integrantes do Hezbollah, incluindo um dos líderes locais, foram capturados após cruzarem uma das zonas proibidas.