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Justiça inicia processo que pode levar Cristina Kirchner à prisão

Juiz federal que a acusa de chefiar um esquema de corrupção irá pedir que o Senado retire, por meio de votação, a imunidade da ex-presidente

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Cristina é acusada de chefiar esquema corrupto
Cristina é acusada de chefiar esquema corrupto Cristina é acusada de chefiar esquema corrupto

A Justiça da Argentina, por meio da Câmara Federal de Buenos Aires, confirmou, nesta quinta-feira (20), o processo que pede a detenção da ex-presidente e atual senadora do país, Cristina Kirchner (2007-2015), no caso conhecido como "Cadernos de Subornos."

O juiz federal, Cláudio Bonadio, irá pedir que o Senado retire, por meio de votação, a imunidade da ex-presidente, conforme informou o jornal Clarin.

Mas, na opinião do senador Miguel Pichetto, chefe da bancada do PJ (Partido Justicialista), a situação não corresponde a uma "sentença firme" e, portanto, não haveria motivo para a cassação da imunidade.

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Cristina é acusada de chefiar um esquema de associação ilícita, que teria a participação de políticos, empresários e funcionários do governo, para a coleta de fundos ilegais, segundo informou o jornal argentino Clarin.

Desde agosto, quando o escândalo de corrupção veio à tona, a Justiça colheu depoimentos de supostos envolvidos, muitas vezes por meio de acordos de delação premiada.

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Entre as acusações estão irregularidades no setor de construção civil e de obras públicas, nos governos de Cristina e de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner (2003 a 2007), que morreu em 2010.

Defesa de Cristina

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A Câmara decidiu que os empresários envolvidos não estão com prisão decretada, porque "não eram parte da organização ilegal." Eles serão processados por suborno.

Estão incluídos no processo, alguns deles já tendo sido presos, os ex-funcionários Julio De Vido (ex-ministro do Planejamento); Roberto Baratta (ex-motorista e assessor de De Vido); Nelson Lazarte (ex-secretário de Baratta); Rafael Llorens (ex-funcionário do Ministério); José Maria Olasagasti (ex-secretário particular de De Vido); José Lopez (ex-secretário de Obras Públicas) e Oscar Centeno (ex-motorista de De Vido).

O escândalo surgiu quando se tornaram públicas as informações obtidas pelo jornalista do La Nación, Diego Cabot, que recebeu, em janeiro, caixas com cadernos, vídeos, fotos e notas fiscais com as ditas denúncias. Muitas anotações teriam sido escritas por Centeno.

Cristina Kirchner nega qualquer irregularidade, tendo escrito uma carta que protocolou na Justiça em agosto último. Ela se diz perseguida. Em novembro, seu advogado, Carlos Beraldi, pedia a revogação do processo e questionava o pedido de prisão.

"Qual é o risco processual? Eles querem Cristina Fernández de Kirchner presa, enquanto aqueles que cometeram os crimes estão em liberdade."

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