Kerry diz que avanço insurgente no Iraque é "ameaça para Ocidente"

Londres, 13 jun (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta sexta-feira em Londres que o avanço dos insurgentes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) no Iraque representa uma "ameaça" contra a região, os EUA e o Ocidente. "O EIIL é um grupo terrorista que representa uma ameaça contra os Estados Unidos e o Ocidente" e, além disso, "uma ameaça comum para toda a região, incluindo o Irã", afirmou em entrevista coletiva ao término da cúpula global sobre violência sexual em conflitos, realizada na capital britânica. Acompanhado do ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, e da atriz Angelina Jolie, Kerry ressaltou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, adotará "medidas no momento oportuno" para deter o avanço dos islamitas. "O povo e as pessoas tem que entender que o aumento na violência é um resultado da escalada da guerra na Síria", disse o chefe da diplomacia americana. Kerry também pediu que os líderes iraquianos façam "mais para deixar de lado suas diferenças sectárias". "O EIIL é uma estrutura terrorista básica que procura fazer tudo fora do Estado de Direito para dominar territórios. É o inimigo da civilização e do Estado de Direito, do pluralismo e da decência", atacou. Já o chanceler britânico, William Hague, disse que o Reino Unido "não está planejando uma intervenção militar britânica" mas "estuda urgentemente outras maneiras de ajudar, por exemplo com especialistas antiterrorismo". Obama reconheceu ontem em Washington que são necessárias "ações militares imediatas" no Iraque para deter o avanço dos jihadistas sunitas que ameaçam Bagdá. Os jihadistas controlaram na terça-feira a segunda maior cidade do Iraque, Mossul, localizada a cerca de 400 quilômetros ao norte de Bagdá, em um avanço sem precedentes em território iraquiano. O EIIL, que pretende criar um emirado islâmico nesse país e na Síria, ameaçou prosseguir "suas conquistas" no Iraque e avançar rumo a Bagdá e às cidades xiitas de Karbala e Najaf. EFE prc/dk