La Palma ganha mais de 10 hectares após lava atingir o mar
Fluxo lávico do vulcão Cumbre Vieja, que está em erupção há 11 dias, chegou ao oceano depois de viajar cerca de 6 km
Internacional|Do R7
A lava do vulcão da ilha espanhola de La Palma que escorre e chega ao mar já ganhou terreno à água e formou mais de 10 hectares de superfície, informou nesta quinta-feira (30) o Instituto Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).
“A estimativa é que já ultrapasse 10 hectares”, disse o porta-voz do Involcan, David Calvo, à AFP. Ele especificou que a instituição fará uma medição mais precisa com drones nas próximas horas.
O fluxo de lava do vulcão Cumbre Vieja, que está em erupção há 11 dias, finalmente atingiu o mar na noite da última terça para quarta-feira após viajar cerca de seis quilômetros devastando tudo em seu caminho.
Desde o momento da erupção inicial, com o vulcão expelindo material ininterruptamente, a cascata de lava não para de entrar no oceano Atlântico, por isso o delta que se forma está em constante crescimento.
“Os rios de lava continuam descendo pelo canal lávico em direção ao mar (...), estamos em uma fase de estabilidade”, detalhou David Calvo.
A lava chegou ao mar sem produzir, até agora, os efeitos mais temidos, como explosões ou ondas de água fervente, embora gases potencialmente tóxicos sejam liberados como resultado da reação do contato da lava, a mais de 1.000 graus, com a água salgada.
Nesta quinta-feira, ainda há uma coluna de gás, semelhante ao que aconteceu ontem, embora o vento, que no dia anterior ajudou a dissipar rapidamente o gás, tenha diminuído.
O Cabildo de La Palma, o governo local da ilha, mantém os bairros de Tazacorte, município onde a lava atingiu o mar, confinados desde a segunda-feira, para evitar possíveis efeitos dos gases.
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“A erupção afetou cerca de 476 hectares da ilha, que tem uma área aproximada de 70 mil hectares, e destruiu um total de 744 construções”, afirmou o Cabildo de la Palma no Twitter.
Além disso, a erupção obrigou 6.000 pessoas a abandonar suas casas na ilha de 85 mil habitantes, que também teve significativamente prejudicado o cultivo de bananas, sua principal atividade econômica.