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Líder do Parlamento se declara presidente da Venezuela

Juan Guaidó é o principal opositor do presidente do país, Nicolás Maduro, que declarou não reconhecer a autoridade legislativa

Internacional|Filipe Siqueira, do R7, com EFE

Ato ocorreu durante manifestações em Caracas
Ato ocorreu durante manifestações em Caracas

O presidente do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, 35 anos, anunciou nesta quarta-feira (23) que assumiu a presidência do país, como parte do que chamou de luta contra a "usurpação" do cargo por parte de Nicolás Maduro, que de acordo com ele é um líder "ilegítimo".

O governo de Maduro, por sua vez, já declarou anteriormente que não reconhece a autoridade do Parlamento no país.

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O ato de Guaidó foi feito durante manifestações de opositores do governo em Caracas, na Venezuela.

"Sabemos que isso terá consequências, sabemos o que é necessário para nos manter nas ruas da Venezuela até conseguir a democracia. Não vamos permitir que desinfle este grande movimento de esperança e força nacional", afirmou.


"Vamos insistir até a democracia, até a liberdade, até que cada venezuelano tenha pão na mesa, até que retornem a água e o gás às casas da Venezuela, até que nossos filhos voltem ao território nacional, até que consigamos definitivamente a prosperidade", discursou.

Guaidó se declarou disposto a assumir o posto com o apoio das forças armadas para convocar novas eleições. 


Logo após o ato, presidente americano Donald Trump declarou apoio ao ato de Guaidó através do Twitter da Casa Branca.

"O presidente Donald Trump reconheceu oficialmente o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como o presidente interino da Venezuela", diz o comunicado.

CRISE

A ascensão de Guaidó ocorreu em 10 de janeiro, quando a oposição se recusou a reconhecer Maduro como presidente do país, em meio à suspeitas de fraude.

União Europeia, Estados Unidos, Canadá e o Grupo de Lima, que reúne a maioria dos países latino-americanos - entre os quais o Brasil -também afirmou que Maduro não era o presidente legítimo do país.

Desde então, Guaidó liderou uma série de protestos e deu declarações anteriores em que afirma que a Constituição estva ao lado dele em sua declaração como presidente interino.

"Temos, apegando-nos à Constituição, apegando-nos ao elemento do (artigo) 233, 350 e 333, que assumir as competências de nos encarregarmos de uma Presidência da República porque o diz nossa Constituição", disse.

Os artigos citados afirmam que na ausência de um presidente, o titular da Assembleia Nacional deve assumir a chefia do Executivo interinamente e convocar novas eleições.

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