Guerra Israel x Hamas

Internacional França convoca manifestações contra onda de antissemitismo na Europa

França convoca manifestações contra onda de antissemitismo na Europa

Mais de mil atos antissemitas foram registrados no país desde o início da guerra de Israel contra os terroristas do Hamas

  • Internacional | Do R7

Mulher usa cartaz que pede o fim do terrorismo, em um comício organizado pelo Conselho Central dos Judeus da Alemanha, no Portão de Brandemburgo

Mulher usa cartaz que pede o fim do terrorismo, em um comício organizado pelo Conselho Central dos Judeus da Alemanha, no Portão de Brandemburgo

Annegret Hilse/Reuters 22.10.23

Os presidentes do Parlamento da França convocaram, nesta terça-feira (7), uma "grande marcha" para o próximo domingo (11) contra o antissemitismo, em meio ao recrudescimento desses atos após o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

A presidente da Assembleia Nacional (Câmara), Yaël Braun-Pivet, e seu par do Senado, Gérard Larcher, urgiram "enviar uma mensagem clara de que a França não aceita o antissemitismo [...] nem vai se resignar nunca a um destino de ódios".

Desde o ataque do Hamas em solo israelense, em 7 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, entre elas mais de 1.100 civis, segundo Israel, foram registrados mais de mil atos antissemitas na França, indicou o governo francês no último domingo (5).

"Duas vezes mais que durante todo o ano de 2022", alertaram ambos os líderes parlamentares em uma coluna conjunta publicada no jornal Le Figaro, na qual também reivindicam a libertação de "oito" franceses que estariam sendo mantidos reféns pelo Hamas.

Alemanha

O ressurgimento de atos antissemitas no último mês é uma realidade em toda a Europa, e a comissão disse que "os judeus da Europa vivem de novo com medo".

Na Alemanha, com a lembrança do nazismo e do Holocausto, a situação causa ainda mais preocupação, e o governo fez um apelo para combater o antissemitismo no país — tanto o que vem da extrema esquerda como o de alguns muçulmanos.

Durante muito tempo, o país europeu considerou exemplar seu trabalho de memória e expiação de seu passado genocida, o que o conduziu a um certo relaxamento, considerou nesta terça-feira Felix Klein, comissário do governo responsável pela luta contra o antissemitismo.

"Grande parte da população acreditava estar imunizada contra o antissemitismo", disse.

A Polícia Federal alemã informou ter registrado quase 2.000 crimes relacionados à guerra entre Israel e o Hamas.

Horas sombrias

O diretor do serviço de inteligência interno da Alemanha, Thomas Haldenwang, alertou recentemente sobre o retorno das "horas mais sombrias da história" do país.

Nesse contexto, a recordação, na última quinta-feira (2), do 85º aniversário da Kristallnacht, um massacre contra os judeus do Terceiro Reich, assume um aspecto especial.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o chanceler Olaf Scholz discursarão durante a cerimônia.

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