Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Macri e Fernández conversam por telefone para tranquilizar mercado

O presidente da Argentina e o vencedor das eleições primárias do último domingo abriram diálogo nesta quarta-feira para tentar contornar crise

Internacional|Da EFE

Desvalorização do peso após eleições primárias afetou preços dos alimentos
Desvalorização do peso após eleições primárias afetou preços dos alimentos Desvalorização do peso após eleições primárias afetou preços dos alimentos

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, confirmou que conversou nesta quarta-feira (14) com Alberto Fernández, candidato pela coalizão Frente de Todos, após a reação ruim do mercado financeiro aos resultados das eleições primárias do país que apontaram uma ampla vitória da oposição.

"(Ele) mostrou vocação de tentar levar tranquilidade ao mercado a respeito dos riscos de uma eventual alternância no poder e ficamos de manter uma linha aberta direta entre os dois", escreveu Macri em postagem publicada no Twitter.

Leia também: Os sete erros de Mauricio Macri

O presidente destacou a postura colaborativa de Fernández, que após a ampla vitória nas primárias, tornou-se o principal favorito a vencer as eleições presidenciais de outubro.

Publicidade

Leia também

"Ele se comprometeu a colaborar em tudo o que for possível para que esse processo eleitoral, e a incerteza que ele gera, afete menos o possível à economia dos argentinos", disse Macri.

A conversa foi uma tentativa dos dois principais candidatos à presidência do país de acalmar o mercado financeiro. Desde as eleições, o peso argentino despencou em relação ao dólar e o risco-país disparou, atingindo níveis recordes desde o início do governo Macri.

Publicidade

A volatilidade também atingiu o índice Merval, o principal da Bolsa de Comércio de Buenos Aires, que caiu 37,93% na segunda-feira e se recuperou ontem, avançando 10,22%. Hoje, no meio-pregão, o Merval operava em baixa de quase 3%.

Além do diálogo com a oposição, Macri anunciou mais cedo um pacote de medidas econômicas que incluem, entre outras coisas, um reajuste no valor do salário mínimo e o congelamento dos preços dos combustíveis por 90 dias.

Publicidade

Ao anunciar o pacote, o presidente da Argentina assumiu os erros que provocaram o resultado das eleições e disse estar aberto a dialogar com outras lideranças políticas, sugerindo até se reunir com alguns de seus opositores.

Apesar de ter conversado com Macri por telefone, Fernández descartou qualquer encontro com o presidente. Para ele, uma reunião seria perda de tempo.

"Não faz sentido nos reunirmos, porque não vamos nos colocar em acordo. Não quero ser cúmplice das suas decisões. Por que então à Argentina que opção restará se todos pensarmos a mesma coisa? Acho que ele está tomando estas medidas tardiamente", opinou Fernández em declarações à rádio "El Destape".

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.