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Macron manda reformular gabinete após escândalo de guarda-costas

Presidente da França admitiu falhas na maneira como governo tratou caso de membro da equipe filmado espancando um manifestante

Internacional|Do R7

Guarda-costas de Macron foi demitido
Guarda-costas de Macron foi demitido

O presidente da França, Emmanuel Macron, ordenou uma reformulação em seu gabinete depois de admitir falhas na maneira como a Presidência tratou de um escândalo com seu principal guarda-costas, filmado espancando um manifestante no feriado de 1º de Maio. As informações são de uma fonte próxima ao Palácio do Eliseu.

O guarda-costas, Alexandre Benalla, passou a ser investigado no domingo (22), em um caso que provocou uma tempestade política e as piores críticas que Macron enfrentou desde que tomou posse 14 meses atrás.

Na semana passada, o jornal Le Monde divulgou um vídeo que mostra Benalla nos protestos de 1º de maio em Paris usando um capacete de tropa de choque e insígnias da polícia fora do horário de trabalho.

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Na filmagem, Benalla é visto arrastando uma mulher para longe de um protesto e mais tarde espancando um manifestante. Nesta sexta-feira, a mídia francesa divulgou um segundo vídeo que mostra Benalla usando força contra uma mulher.


Macron demitiu Benalla, o chefe de sua equipe de segurança pessoal, na sexta-feira, mas foi questionado por não ter agido antes. Inicialmente, Benalla foi suspenso por 15 dias antes de poder voltar ao trabalho.

Macron: 'comportamento inaceitável'


Macron se reuniu com vários membros de seu governo no domingo para debater o caso, disse a fonte.

"O presidente disse que o comportamento de Alexandre Benalla no 1º de maio foi inaceitável, chocante e que ele não pode permitir a ideia de que alguém de seu entorno pode estar acima da lei", afirmou a fonte.


Foi o primeiro relato a respeito de comentários de Macron sobre o caso.

Reconhecendo uma série de lapsos no Palácio do Eliseu desde o feriado em questão, Macron pediu ao secretário-geral da Presidência, Alexis Kohler, para trabalhar em uma reorganização de seu gabinete pessoal para evitar que isso volte a acontecer, disse a fonte.

Parlamentares iniciaram um inquérito sobre o incidente, a leniência da punição inicial de Benalla e a omissão das autoridades por não denunciá-lo imediatamente ao Judiciário.

Críticos de Macron disseram que o incidente reforçou a percepção de um presidente desconectado da realidade na esteira de polêmicas ligadas a gastos do governo com peças de louça oficial, uma piscina em um retiro presidencial e comentários ásperos de Macron a respeito dos custos da assistência social.

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