Marrocos aceita ajuda de quatro países para tarefas de salvamento

O governo do Marrocos aceitou a ajuda de quatro países para resgatar as pessoas presas nos escombros após o terremoto da sexta-feira passada, que deixou ao menos 2.012 mortos e 2.059 feridos no país africano.

Uma fonte diplomática marroquina explicou à Agência EFE que o Marrocos aceitou a participação das equipes de salvamento de Espanha, Reino Unido, Emirados Árabes e Catar, destacando que não tem necessidade de outro tipo de ajuda neste momento.

A fonte, que agradeceu aos países que ofereceram ajuda, disse que o Marrocos está seguindo uma "abordagem responsável, rigorosa e eficaz" na gestão dos pedidos de apoio internacional, relacionando-os com as necessidades.

"Uma vez identificada a necessidade, comunicamos com aqueles que fizeram a oferta que corresponde a essa necessidade para lhes dizer que façam o favor de fornecer essa ajuda", relatou.

Neste contexto, a fonte sublinhou que o Marrocos não tem necessidade de acompamentos, motivo pelo qual "não faria sentido manter armazéns de tendas de campanha quando não há necessidade". No entanto, é possível que o país aceite outros tipos de ajuda, se necessário.

A Espanha participa com um contingente de 65 efetivos da UME (Unidade Militar de Emergência) para ajudar nos trabalhos de busca e salvamento.

Uma equipa espanhola já viajou ao Marrocos para se colocar à disposição das autoridades locais.

De acordo com o boletim preliminar de alerta sísmico emitido pelo ING (Instituto Nacional de Geofísica do Marrocos), o terremoto de 7 graus na escala Richter, atingiu a região de Marrakesh, no norte do país, na noite de sexta-feira, a uma profundidade de 8 quilômetros e teve o seu epicentro na cidade de Ighil, situada cerca de 80 quilômetros a sudoeste da cidade de Marrakesh.

O USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos) aponta que o tremor foi de 6,8 graus e ocorreu a 18,5 quilômetros de profundidade.