Milhares de mulheres protestam e exigem respeito pela vida em La Paz
Manifestação também pede fim das diferenças salariais no mercado de trabalho. Eva Liz Morales, filha do presidente Evo Morales, estava presente
Internacional|Da EFE
Milhares de mulheres de organizações sociais e políticas se manifestaram nesta sexta-feira (08) pelo centro de La Paz em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, exigindo respeito à vida e o fim do feminicídio.
A grande passeata foi liderada pela Aliança de Organizações de Mulheres pela Revolução Democrática e Cultural, que reúne, entre outras, organizações de camponesas e comunidades originárias.
"Mesmo trabalho, mesma remuneração", "Chega de violência" e "Não queremos flores, queremos direitos" eram algumas das frases dos cartazes que muitas mulheres carregavam para chamar quem passava a se unir ao movimento.
"Chega de feminicídio! Basta de violência", disse a representante do Movimento ao Socialismo (MAS) em Cochabamba, Leonilda Zurita, à Agência Efe.
No protesto também estava presente Eva Liz Morales, filha do líder boliviano, que defendeu que todas as mulheres devem estar unidas e que "não há cor política, nem diferenças políticas" para continuar lutando pelos direitos das mulheres no país e no mundo.
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Alguns homens se uniram ao movimento com cartazes e alguns grupos de transexuais também participaram para reivindicar direitos.
O percurso terminou na porta da Casa Grande do Povo, sede do Executivo boliviano, onde aconteceu um ato com a presença do presidente Evo Morales. Mais cedo, ele parabenizou às mulheres no Twitter.
"No Dia Internacional da Mulher, parabenizamos todas as irmãs bolivianas. Avançamos muito na sua inclusão na vida política e na melhoria de suas condições materiais e agora são protagonistas do nosso processo. Continuaremos trabalhando por uma sociedade mais igualitária", disse o presidente.
Em janeiro, o governo criou o Serviço Plurinacional da Mulher e da Despatriarcalização para efetivar políticas de luta pelo fim da violência de gênero.