Ministro diz que há 'corpos boiando' após Dorian passar pelas Bahamas
Chanceler disse que não tem como comprovar relatos e que precisa que condições melhorem para verificar qual é o real estado da destruição
Internacional|Da EFE
O ministro das Relações Exteriores das Bahamas, Darren Henfield, informou nesta segunda-feira (2) que há relatos de diversos corpos flutuando nas Ilhas Ábaco, primeiro ponto atingido no arquipélago pelo furacão Dorian.
"Temos relatos de corpos boiando, mas ainda não podemos confirmar esses dados", indicou Henfield, em entrevista à emissora de TV ZNS.
Ele sustentou que os danos registrados nas Ilhas Ábaco foram catastróficos, mas que será necessário esperar que as condições melhorem para verificar no terreno qual é o real estado da situação.
O chanceler pediu aos cidadãos que não saiam às ruas nas Ilhas Ábaco.
A situação agora
Darren Henfield confirmou que a região está sem energia elétrica, assim como a queda de diversas árvores, após assegurar que as equipes de resgate seguirão para as regiões onde houver informações de pessoas em perigo.
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O chefe da Polícia de Grand Bahama, Samuel Butler, pediu que se mantenha a calma até que passe a tempestade e as autoridades avaliem o que podem fazer.
De acordo com a emissora Eyewitness News e o portal Bahamas Press, um menino identificado como Lachino McIntosh, de oito anos, morreu afogado devido ao forte aumento do nível do mar nas Ilhas Ábaco pela passagem do ciclone, enquanto sua irmã está desaparecida.
A avó da criança confirmou a morte dele aos veículos de imprensa locais.
Devastação
Nas imagens divulgadas por moradores das Ilhas Ábacos, afetadas pelo furacão do último domingo, eram visíveis automóveis e casas - onde eram vistas apenas os telhados -, submersas devido às inundações que transformaram as ruas em rios, tudo isso acompanhado de ventos que em alguns momentos se aproximaram dos 350 km/h.
Nos Ábacos, a destruição foi total e boa parte do território ficou completamente inundada, aumentando a dificuldade para o resgate de centenas de pessoas que ignoraram o pedido do governo de abandonar as áreas litorâneas mais vulneráveis.
Dorian, segundo o mais recente boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, estava cerca de 50 quilômetros de Freeport, principal cidade da ilha de Grand Bahama, e a 180 quilômetros de West Palm Beach, na Flórida.