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Morre médico russo que atendeu Navalny após envenenamento

Sergey Maximishin acompanhou opositor russo antes de transferência a Alemanha; causa da morte não foi divulgada

Internacional|Da Ansa

Médico que atendeu opositor russo após envenenamento morreu
Médico que atendeu opositor russo após envenenamento morreu Médico que atendeu opositor russo após envenenamento morreu

O médico russo Sergey Maximishin, que atendeu o opositor russo Alexei Navalny quando ele foi internado por envenenamento no Hospital de Emergências de Omsk, faleceu na quinta-feira (4) aos 55 anos.

"Com pesar, informamos que o médico-chefe adjunto de anestesiologia e ressuscitação do Hospital de Emergências, assistente no departamento da Universidade Médica Estadual de Omsk, PhD de ciências médicas, Sergey Maximishin, faleceu subitamente", informou em nota a entidade sem especificar a causa do óbito.

O profissional foi o responsável pelo primeiro atendimento ao advogado e acompanhou as pouco mais de 48 horas de internação na unidade de terapia intensiva no local antes da transferência de Navalny para o hospital Charitè, de Berlim, na Alemanha.

O advogado passou mal durante um voo entre as cidades de Tomsk, também na Sibéria, e Moscou no dia 20 de agosto do ano passado.

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Por conta da gravidade da situação, os pilotos fizeram um pouso de emergência em Omsk, onde uma ambulância esperava Navalny já na pista. De lá, foi para o Hospital de Emergências. Nas primeiras falas à imprensa, os responsáveis pelo hospital chegaram a dizer que o opositor de Vladimir Putin havia sido envenenado, mas depois mudaram a versão, dizendo que a substância química encontrada sob as unhas e nas roupas de Navalny eram comuns e estavam presentes em copos térmicos, como o que o advogado usou para tomar um chá no aeroporto antes do voo.

Porém, já na Alemanha, testes de sangue mostraram que o opositor foi envenenado com uma substância química do grupo novichock, amplamente usado pela União Soviética na época da Guerra Fria.

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Os resultados foram confirmados por laboratórios independentes da França e da Suécia e pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).

Navalny ficou na Alemanha até 17 de janeiro e, ao chegar em território russo, foi preso e condenado por uma suposta violação de pena - ele não se apresentou ao juiz de vigilância em dezembro, enquanto ainda estava fazendo tratamento médico.

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A "crise" envolvendo Navalny provoca inúmeras críticas da União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos contra o governo Putin por considerarem que o advogado é alvo de perseguição política.

Novo julgamento

Nesta sexta-feira (5), também começou um novo julgamento contra o opositor por difamação de veteranos da Segunda Guerra Mundial. A ação tramita na Corte de Babushkinsky e o clima no local é calmo - sem os protestos vistos nas últimas semanas.

Navalny teria chamado o ex-combatentes de "vergonha do país" e de "traidores" por aparecerem, em junho do ano passado, em um vídeo para promover a reforma constitucional de Putin que cancelou o limite de dois mandatos presidenciais consecutivos para o atual mandatário.

A defesa diz que esse é mais um caso "fabricado" pelo Kremlin para prejudicá-los.

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