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Morte de filha por leucemia marcou a vida da família Bush

História foi descrita em cartum que viralizou nas redes sociais e, de autoria de cartunista de jornal de Mississipi, foi publicado no The Washington Post

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7


Filhos e outros familiares chegam ao Texas para enterro
Filhos e outros familiares chegam ao Texas para enterro

Os vários dias de homenagens ao ex-presidente George H. W. Bush, que morreu no último dia 30, aos 94 anos, serviram para o mundo conhecer melhor a história de vida de sua família.

Nesta trajetória, mesmo enquanto Bush pai tomava decisões de repercussão internacional, diante de outros presidentes, nunca lhe saía da cabeça a imagem de sua filha, Pauline "Robin" Bush, que morreu em 1953, aos três anos, com leucemia.

Leia mais: Tensão entre Trump e ex-presidentes marca funeral de Bush

Artigo do The Washington Post, publicado nesta quinta-feira mostra como este triste acontecimento influenciou o restante da vida do casal, que se uniu mais em torno da família por causa da perda.


"Pelo resto de suas vidas, ajudar a combater o câncer foi uma das muitas causas que levaram George e Bárbara Bush."

Conhecedor desta história, o cartunista Marshall Ramsey, do jornal Mississippi Clarion Ledge, voltou a fazer um cartoon em homenagem à família. Ele já havia feito uma ilustração na ocasião da morte de Bárbara, em abril último.


O Post divulgou a imagem, que viralizou nas redes sociais e, segundo o jornal Diário de Notícias, encantou Jenna Bush Hagger, neta do casal Bush.

No desenho, a esposa Bárbara está ao lado de Robin, em uma nuvem, e recebe o ex-presidente que chega em um avião de combate da Segunda Guerra, da qual participou.


A morte de Robin marcou a família Bush. O próprio filho mais velho, George, presidente do país entre 2001 e 2009, citou a irmã, que morreu quando ele tinha sete anos, durante seu emocionado discurso em homenagem ao pai, no funeral na última quarta-feira (5), descrevendo uma cena parecida com a do desenho de Ramsey.

"Em nossa dor, nós sorriremos sabendo que papai está abraçando Robin e apertando a mão da mamãe novamente."

Início do drama

O Post, citando fontes como o biógrafo de Bush pai, Jon Meacham, rememorou a rotina da família desde quando os filhos de Bush eram crianças, relembrando as aspirações daquele casal tido como tranquilo e afável.

Descreveu o desejo de George e Bárbara de ter uma menina para se contrapor à algazarra feita pelos meninos da casa (George filho e seus três irmãos), que espalhavam cards, raquetes, fortes em miniatura. O próprio Bush revelou isso à sua mãe, em carta emocionada, após a morte da filha. Anos depois eles tiveram outra filha, Dorothy.

O drama se iniciou quando a menina, que passou a demonstrar cansaço, foi diagnosticada com leucemia, palavra que o casal nunca tinha ouvido até então.

Bush e família se mudaram para Manhattan, em Nova York, e a menina se tratou no hospital Sloan Kettering, onde o tio do ex-presidente atuava como médico.

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Mesmo com o prognóstico pessimista, eles insistiram em deixá-la internada por sete meses. Por iniciativa de Barbara, houve uma combinação entre ambos, conforme contou Susan Page, do jornal USA Today e biógrafa de Barbara, na qual não se poderia chorar na frente da filha.

Tido como sentimental, Bush cumpriu, correndo para o corredor ou para o banheiro sempre que a emoção batia.

E ela não parou de bater durante o resto da vida dele, sempre que se lembrava da filha. Numa dessas vezes, já bastante idoso, no Festival Nacional do Livro de 2016, ele falou com Meacham sobre aquela carta para a mãe. Bush pai chorou novamente. Possivelmente pela última vez, em público.

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