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Mulheres lideram luta pelos Direitos Humanos, diz Anistia Internacional

A instituição lembra que a igualdade de gênero e os direitos femininos foram a grande pauta deste ano, muito em função de movimentos como o #MeToo

Internacional|Beatriz Sanz, do R7

Marielle Franco foi assassinada em março deste ano
Marielle Franco foi assassinada em março deste ano

O ano de 2018 foi marcado pela luta em prol dos direitos das mulheres e também pela liderança delas na defesa dos direitos humanos, segundo um relatório da Anistia Internacional.

A instituição lembra que a igualdade de gênero e os direitos femininos foram as grandes pautas deste ano, muito em função de movimentos como o #Metoo. O movimento que começou denunciando abusos na indústria do entretenimento espalhou-se para diversas áreas e mobilizou mulheres ao redor do mundo nas ruas e nas redes.

O combate contra a violência sexual também foi lembrado na entrega do Nobel da Paz deste ano, já que os premiados foram Nadia Murad, ativista dos direitos humanos yazidis e sobrevivente da escravidão sexual pelo Daesh no Iraque, e Denis Mukwege, um ginecologista que atende vítimas da violência sexual na República Democrática do Congo.

Mulheres que lutam e inspiram


Para reconhecer a atuação das mulheres no campo da defesa dos Direitos Humanos, a Anistia fez uma lista onde destaca um grupo de mulheres que foram protagonistas em 2018, incluindo a vereadora brasileira Marielle Franco, ferrenha defensora dos direitos humanos que foi assassinada em março deste ano.

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Elas foram incluídas no programa da Anistia Internacional Write for Rights (Escreva por Direitos, em tradução livre), que pede que pessoas escrevam cartas para agradecer e motivar essas mulheres a continuar lutando.


Pavitri Manjhi, Índia

Pavitri faz parte de uma comunidade indígena Adivasi que está sendo forçada a vender suas terras para abrir caminho para duas usinas de energia. Como líder de uma aldeia, a Pavitri ajudou pessoas a apresentar quase 100 queixas formais contra as empresas envolvidas. Agora ela enfrenta ameaças de homens locais que querem forçá-la a retirar as queixas.


"Estamos lutando, estamos lutando por nossa terra e vamos continuar a lutar pelo mesmo", disse Pavitri. “Nossas vidas dependem de nossa terra e floresta e lutaremos por nossos direitos.”

Atena Daemi, Irã

Atena Daemi é uma das muitas ativistas dos direitos humanos que foram alvo das autoridades iranianas nos últimos anos. Um ativista contra a pena de morte, Atena atualmente cumpre pena de sete anos de prisão por criticar execuções e violações de direitos humanos nas mídias sociais.

"Vou defender os direitos de minhas irmãs até meu último suspiro", diz Atena.

Gulzar Duishenova, Quirguistão

A vida de Gulzar Duishenova mudou para sempre em 2002, quando ela se envolveu em um acidente de carro e perdeu o uso de suas pernas. Depois de conhecer outras pessoas no Quirguistão que tiveram experiências semelhantes, Gulzar decidiu fazer campanha pelo acesso igual a serviços de saúde, empregos e infraestrutura em nome de outras mulheres com deficiências.

No entanto, ela enfrenta a discriminação diária em uma sociedade onde as mulheres não são destinadas a falar e as pessoas com deficiência são consideradas "inválidas".

"Nascemos nos tempos soviéticos e fomos ensinados por nossos pais que uma menina deve sempre ficar em silêncio", disse Gulzar. "Dizem-nos que não estamos autorizados a falar, mas ainda fazemos."

Geraldine Chacón, Venezuela

Geraldine começou sua campanha pacífica quando ela tinha apenas 14 anos como líder de jovens em Caracas. Desde então, ela fez um incrível trabalho de direitos humanos.

Ela começou uma rede de jovens da Anistia Internacional e apoiou indivíduos em risco de prisão e perseguição. Mais tarde, ela realizou programas de extensão para jovens carentes na Venezuela com a ONG Community Ambassadors Foundation.

Marielle Franco, Brasil

Marielle Franco lutou sem medo por um Rio de Janeiro mais justo. Ela defendia mulheres negras, pessoas LGBTI e jovens. Ela condenou assassinatos ilegais pela polícia. Mas então ela foi silenciada, morta a tiros em seu carro.

Faz parte de um padrão no Brasil, onde pelo menos 70 defensores dos direitos humanos foram mortos em 2017. Agora a família de Marielle, junto com sua professora e amigos, está determinada a buscar justiça, com o apoio de organizações como a Anistia Internacional.

“Eu nunca pensei e nem ela [Marielle] teria imaginado que poderia entrar diretamente na política como parlamentar”, disse a mãe da vereadora, Marinete Francisco.

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