‘Não há lugar para violência política na democracia’, afirma Obama após atentado a Trump
Ex-presidente se solidariza com Trump, que fiou ferido em ataque a tiros durante comício
Internacional|Thays Martins, do R7, em Brasília
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama condenou o ataque a tiros durante um comício com o também ex-presidente dos EUA Donald Trump neste sábado (13). Segundo ele, “não há absolutamente nenhum lugar para a violência política na nossa democracia”.
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“Embora ainda não saibamos exatamente o que aconteceu, todos deveríamos estar aliviados pelo fato de o ex-presidente Trump não ter sido gravemente ferido”, escreveu Obama em uma rede social.
Ele disse também que é preciso “aproveitar este momento para nos comprometermos novamente com a civilidade e o respeito na nossa política”.
“Michelle [Obama, ex-primeira-dama] e eu desejamos a ele uma rápida recuperação”, concluiu Obama.
Trump diz ter sido atingido na orelha
Trump usou as redes sociais para se pronunciar sobre o ataque a tiros e disse ter sido atingido na orelha direita. Ele também agradeceu aos agentes do Serviço Secreto por terem pulado em cima dele para protegê-lo e se solidarizou com a família de uma vítima morta no atentado.
“Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo”, disse o ex-presidente norte-americano.
“Quero agradecer ao Serviço Secreto dos Estados Unidos e a todas as autoridades policiais pela sua rápida resposta ao tiroteio que acabou de ocorrer em Butler, Pensilvânia. Mais importante ainda, quero apresentar as minhas condolências à família da pessoa que morreu no comício e também à família de outra pessoa que ficou gravemente ferida. É incrível que tal ato possa ocorrer em nosso país. Nada se sabe até o momento sobre o atirador, que já está morto”, acrescentou.
Como aconteceu
O ataque a tiros ao comício de Trump aconteceu em Butler, na Pensilvânia, e será investigado como tentativa de assassinato, segundo a imprensa dos Estados Unidos.
O ex-presidente foi visto saindo do palco com um sangramento no rosto, mas está bem, de acordo com a equipe dele. O FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, e o Serviço Secreto dos EUA apuram o caso.
Trump fazia um discurso no momento em que os disparos tiveram início. O ex-presidente interrompeu a sua fala e levou a mão à orelha direita. Depois, caiu no chão, e agentes do Serviço Secreto rapidamente pularam em cima dele para protegê-lo.
Após alguns minutos, ele levantou e foi escoltado para um veículo por seguranças. Neste momento, Trump levantou o punho em direção ao público que acompanhava o comício.
O Serviço Secreto disse que a segurança do ex-presidente foi reforçada.
“Esta é agora uma investigação ativa do Serviço Secreto e mais informações serão divulgadas quando disponíveis”, disse o porta-voz do Serviço Secreto, Anthony Guglielmi, em publicação em rede social.
Atirador identificado
O FBI identificou o homem envolvido no ataque a tiros como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. O atirador foi morto logo após realizar os disparos em direção ao ex-presidente dos EUA.
O FBI ainda busca entender a motivação de Matthew Crooks e se ele agiu sozinho. Segundo a agência Associated Press, a polícia recuperou um fuzil AR-15 semiautomático no local do atentado. Já o Serviço Secreto dos EUA informou que reforçou a segurança do ex-presidente, assim como em vários prédios públicos.