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Nas redes, chilenos denunciam abusos da polícia e militares

De detenções arbitrárias a uso de cocaína por soldados, vídeos gravados por civis mostram cenas da escalada de violências nas ruas do Chile

Internacional|Cristina Charão e Carolina Vilela*, do R7

Vídeos denunciam violência nas ruas do Chile
Vídeos denunciam violência nas ruas do Chile

A atuação da polícia militar e do exército nas ruas do Chile vem causando indignação no país e alimentando a escalada de violência que já levou à confirmação de 15 mortos nos confrontos. 

Civis têm usado as redes sociais para denunciar os abusos das autoridades policiais e militares, que estão nas ruas por conta do estado de emergência que foi declarado nesta sexta-feira (18). 

A situação no país está sendo comparada com o tempo da ditadura chilena por meio do uso da hashtag #PiñeraDictador, se referindo ao atual presidente do país, Sebastian Piñera.

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Uso de drogas nas ruas


Chilenos usam algumas hashtags como #EstoPasaEnChile e #ChileDespierta para mostrar o que está acontecendo nas ruas do país, inclusive denunciando crimes comuns cometidos por soldados do exército nas ruas. 

Um deles mostra autoridades militares usando cocaína na rua.


Outro mostra policiais colocando mercadorias que teriam sido saqueadas em viaturas. 

Prisões arbitrárias


Um vídeo publicado no Twitter mostra militares dentro de um carro não adesivado chegando escondidos à noite em uma rua aparentemente calma e sem sinais de protestos. Eles arrastam um civil para dentro do veículo e somem.

Em outro, é possível ver as autoridades prendendo um homem em frente a casa onde ele mora. Os vizinhos tentam protestar mas param no momento em que se veem na mira de fuzis. 

Muitas imagens mostram pessoas feridas, como um homem que se identifica nos vídeos como Ignacio Grille. Ele aparece ensanguentado e é possível ouvi-lo dizer que foi torturado. "Havia lido coisas a respeito disso na história (da ditadura chilena), mas não achei que aconteceria comigo". 

O Instituto Nacional de Direitos Humanos confirmou que irá abrir pelo menos oito ações por violações de direitos e excessos cometidos por forças militares e policiais durante os protestos.

*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão

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