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Navio da China bate de propósito contra barco das Filipinas em área essencial para o comércio mundial

Incidente provocou danos ao motor do bote e afetou mastro de navio oficial em escalada de tensão no mar da China Meridional

Internacional|Do R7, com AFP


Momento em que navio chinês bate na embarcação filipina
Momento em que navio chinês bate na embarcação filipina

Um barco filipino e uma embarcação da Guarda Costeira da China se chocaram, neste domingo (10), perto de um recife disputado pelos dois países no mar da China Meridional, na Ásia(assista ao vídeo abaixo). As duas nações se acusam mutuamente por esse novo confronto na região, marcada pela tensão entre vizinhos.

O episódio aconteceu durante uma missão de reabastecimento do barco filipino perto do banco de areia Ayungin, nas ilhas Spratly, um ponto de tensão entre Manila e Pequim.

No sábado (9), as Filipinas já tinham acusado a Guarda Costeira da China de usar canhões de água para impedir que três barcos oficiais do governo entregassem mantimentos e combustível a pescadores filipinos próximo ao atol de Scarborough, colado à ilha principal de Luzón.

Pequim reivindica quase toda a totalidade dessas águas, um corredor essencial para o comércio mundial que está em disputa com as pretensões de outros países como Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei. Para reforçar as reivindicações, a China envia patrulhas e construiu ilhas artificiais que recheou de militares.


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Hoje, as Filipinas denunciaram ações de barcos da Guarda Costeira da China, que “assediaram, bloquearam e fizeram manobras perigosas contra navios de abastecimento civil filipinos”. Um dos barcos que transportavam alimentos foi "abalroado" por um navio chinês, informou em comunicado a unidade especial para o mar das Filipinas Ocidentais.

Mais que isso, um navio chinês usou um canhão de água contra todos os barcos com os mantimentos e uma embarcação da Guarda Costeira das Filipinas que escoltava a missão, adicionou a mesma fonte.

Isso ocasionou "graves danos" ao motor de um dos barcos de mantimentos e destruiu o mastro da embarcação da Guarda Costeira, informaram as Filipinas.

O que diz a China?

Por outro lado, a Guarda Costeira da China acusou a embarcação filipina de "se chocar deliberadamente" contra o navio chinês depois de "desacatar múltiplas advertências firmes".

No comunicado, a China assegura que o barco filipino "mudou repentinamente de direção de maneira não profissional e perigosa, colidindo deliberadamente com nosso navio '21556' da Guarda Costeira que fazia uma missão comum de vigilância".

Na contramão, o incidente fez com que um comboio de embarcações civis, que deveriam entregar mantimentos a pescadores e militares filipinos nessas águas, cancelassem sua missão devido à "constante perseguição" de embarcações chinesas, disse o organizador.

"Profundamente preocupante"

Diplomadas estrangeiros em Manila, capital das Filipinas, reagiram imediatamente após o incidente. A embaixadora dos Estados Unidos, MaryKay Carlson, declarou que seu país estava com "as Filipinas e seus parceiros na condenação de repetidas ações ilegais e perigosas da República Popular da China contra embarcações filipinas".

O embaixador da União Europeia, Luc Veron, disse que o episódio deste domingo é "profundamente preocupante".

Filipinas e China possuem um longo histórico de incidentes marítimos no disputado mar da China Meridional, por onde passam cerca de US$ 3 trilhões por ano do comércio internacional.

As relações entre Pequim e Manila pioraram diante da presidência de Ferdinand Marcos, que estreita laços com os Estados Unidos e se opõe às ações da China na região. Marcos advertiu, no mês passado, que a situação nessas águas tinha se "agravado".

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