O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (15) que os ataques contra bases subterrâneas de mísseis, refinarias de petróleo e instalações de desenvolvimento nuclear do Irã protegem o mundo de ameaças de bombas atômicas. Também têm o objetivo de evitar um “segundo Holocausto”.“Tivemos que agir para nos salvar e não só proteger a nós, mas também o mundo, deste regime incendiário, um dos mais perigosos do mundo. Também estamos protegendo outras nações”, disse o israelense em entrevista à rede americana de televisão Fox News.Netanyahu alertou que “o regime do Irã está muito enfraquecido” porque, segundo ele, só 8% da população apoiam os aiatolás ideologicamente. “Eles atiram em mulheres porque não estão devidamente cobertas, atiram em estudantes, retiram o oxigênio da brava população iraniana”, disse. Ao final da entrevista à rede americana, o primeiro-ministro endereçou recados à Presidência do Irã e ao povo do país.“A ditadura do Irã, porque é uma ditadura, enviou uma mensagem para a gente de destruição de Israel e dos Estados Unidos. Para o povo do Irã, vocês são uma ótima gente, têm muito talento, são gênios. Essa tirania rouba de vocês esperança, [rouba] vida. Eles comentam nos nossos vídeos: ‘Viva Israel, Bravo Israel! Tirem a gente desta tirania. E eu digo a eles: ‘Sua liberdade está próxima. Se rebelem, sejam livres!’”, disse.O primeiro-ministro também voltou a justificar os ataques de quinta à noite como uma tentativa de evitar o desenvolvimento de novas bombas pelo Irã.“Estava absolutamente claro que estavam trabalhando num plano secreto de beneficiamento de urânio [para fazer bombas atômicas e destruir Israel]. [...] Não vamos ter um segundo Holocausto. Já tivemos um no século passado, mas não vai acontecer mais contra o povo judeu”, avisou.Netanyahu afirmou ainda que a inteligência israelense identificou “uma pressa em aumentar o arsenal de mísseis balísticos para a capacidade de 3.600 armas por ano”. Com isso, o Irã teria, 10 mil mísseis balísticos em três anos, “cada um pesando uma tonelada. ”Com velocidade de Mach 6, atingiriam nossas cidades, como vocês viram hoje [...] e então, em 6 anos, 20.000 [mísseis]. Nenhum país pode sustentar isso, e certamente não um país do tamanho de Israel, então tivemos que agir”, explicou.O Exército de Israel afirmou que está atacando dezenas de alvos no Irã, neste terceiro dia de ataques aéreos intensivos entre os dois países. “Não estamos pausando por um momento”, disse Effie Defrin, porta-voz militar. Ao todo, Israel afirma ter atingido 250 alvos no Irã ao longo desses três dias. Na noite deste sábado, Israel usou um corredor aéreo sobre Teerã para atacar mais de 80 alvos, incluindo o que chamou de centro de comando nuclear e depósitos de combustível que apoiam o Exército do Irã. Isso ocorreu em paralelo aos ataques no Iêmen. Um oficial militar israelense disse que o ataque no Iêmen tinha como objetivo matar o líder sênior Houthi, Mohammed Ali Al-Houthi.As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram por volta das 14h45 deste domingo que sirenes soaram em várias áreas do país após a identificação de mísseis lançados do Irã. A IDF comunicou ainda, em publicação no Telegram, que está operando para interceptar e “atacar onde necessário para eliminar a ameaça”. A população israelense foi instruída a procurar espaços protegidos e permanecer lá até um novo aviso, complementou a força.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp