'Nossa liberdade começa quando a da outra pessoa termina', diz judia sobrevivente do Holocausto
Marion Deichmann falou sobre antissemitismo nesta sexta-feira no SXSW, nos EUA, maior festival de inovação do mundo
Internacional|Do R7, em Brasília
A sobrevivente do Holocausto Marion Deichmann pediu "tolerância" nesta sexta-feira (15), no SXSW, o maior festival de inovação do mundo, em Austin, nos Estados Unidos. Na ocasião, ela recebeu do publicitário Alan Strozenberg um broche do movimento "Pin for Peace", pela paz, contra o terrorismo e o antissemitismo.
Marion, que foi separada da mãe pelos nazistas quando tinha nove anos, é testemunha da dor causada pelo antissemitismo — o ódio a judeus. A história dela é está no filme de realidade virtual "Letters from Drancy".
"No maior festival de inovação do mundo, o que mais me emocionou foi me deparar com algo que não tem nada de inovador, algo que, infelizmente, existe a milhares de anos: o antissemitismo", disse Strozenberg.
Ao pedir a Marion uma mensagem para o mundo, ela fez um apelo por mais tolerância. "Tolerância, isso é o que eu pediria. Tolerância por outras pessoas, por pessoas que parecem diferentes, que têm diferentes cores de pele, de cabelo... Se elas acreditam ou não acreditam... Nossa liberdade começa quando a da outra pessoa termina. Isso para mim é tolerância", afirmou.
A fala ocorre em meio a uma alta de casos de antissemitismo no mundo todo depois do ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a resposta militar israelense, que vem incluindo ataques aéreos e terrestres a Gaza.