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Os momentos-chave no debate sobre impeachment de Trump

Discussão entre Democratas e Republicanos sobre acusações contra o presidente foi amarga e marcou a divisão do Congresso e do país

Internacional|Do R7

Democratas e Republicanos na Câmara debateram impeachment por 6 horas
Democratas e Republicanos na Câmara debateram impeachment por 6 horas

Uma Câmara dos Deputados amargamente dividida nos Estados Unidos mergulhou nesta quarta-feira (18) num duro debate de impeachment antes da votação histórica sobre duas acusações contra o presidente Donald Trump de abusar de seu poder e obstruir o Congresso.

Veja a seguir alguns destaques das controvérsias entre parlamentares democratas e republicanos antes da votação.

UMA LIÇÃO CÍVICA

Pelosi abriu o debate na Câmara que ela preside
Pelosi abriu o debate na Câmara que ela preside

A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, abriu seis horas de debate sobre o impeachment na Casa, controlada pelo Partido Democrata, afirmando: "Hoje é uma lição cívica nacional, embora uma triste lição."

"Eu abro o debate de maneira solene e triste sobre o impeachment do presidente dos Estados Unidos. Se não agirmos agora, estaríamos sendo negligentes em nosso dever", disse a líder democrata, chamando o Congresso dos EUA de "guardiões da Constituição".


INEVITABILIDADE

O deputado Doug Collins, principal republicano no Comitê Judiciário, disse que os democratas começaram a planejar o impeachment de Trump antes mesmo de suas negociações com a Ucrânia, que formam o núcleo do caso de impeachment, se tornarem públicas em setembro.

"Para os democratas, o que importa é política, não fatos", afirmou Collins no plenário da Câmara.


Republicano Collins acusou Democratas de não 'ligarem para os fatos'
Republicano Collins acusou Democratas de não 'ligarem para os fatos'

NÃO SE PODE ESPERAR

O presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerrold Nadler, disse que o impeachment não é uma tentativa de derrubar a vitória de Trump em 2016. Mas ele declarou que as ações de Trump ameaçam a integridade das eleições de novembro de 2020.

"O Congresso não pode esperar até a próxima eleição para tratar dessa conduta", disse ele.


Atualmente, existem 15 candidatos disputando a indicação do Partido Democrata para enfrentar Trump em novembro de 2020. Cinco deles são senadores dos EUA que atuarão como jurados no julgamento de impeachment.

PATRIOTAS DEVEM PREVALECER

O deputado republicano Clay Higgins, que no ano passado derrotou seis oponentes na Louisiana para ganhar um segundo mandato com o apoio de Trump, alertou que "os Estados Unidos estão sendo gravemente feridos por essa traição", referindo-se aos procedimentos de impeachment.

"Nunca entregaremos nossa nação a políticos de carreira e burocratas. Nossa República precisa sobreviver a essa ameaça. Os americanos patriotas precisam prevalecer", disse Higgins.

PERIGO CLARO E PRESENTE

Escobar ressaltou que impeachment é 'grande tragédia'
Escobar ressaltou que impeachment é 'grande tragédia'

A deputada democrata Veronica Escobar disse que o impeachment representa "uma grande tragédia e um momento de verdade" para Trump.

"Testemunhamos o presidente dos Estados Unidos abusar de seu cargo público para obter ganhos políticos pessoais e convidar governos estrangeiros a interferir em nossas eleições", disse Escobar, acrescentando que as evidências mostram que ele é um "perigo claro e presente" para eleições justas e segurança nacional.

JULGAMENTO ENGANOSO

O deputado republicano Barry Loudermilk disse que Jesus foi tratado com mais justiça antes de sua crucificação do que os democratas trataram Trump durante o processo de impeachment.

"Durante esse julgamento, Pôncio Pilatos concedeu mais direitos a Jesus do que os democratas concederam a esse presidente nesse processo", afirmou Loudermilk.

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