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Peru tem tranquilidade nas ruas e apoio a Vizcarra em meio à crise

Rotina do país não mudou após abertura de processo de impeachment e posse da vice-presidente e manifestações da noite de segunda-feira (30)

Internacional|Da EFE

Rotina no Peru não mudou com impasse político
Rotina no Peru não mudou com impasse político

No dia seguinte a dissolução do Congresso e convocação de novas eleições legislativas, o clima é tranquilo no Peru nesta terça-feira (1), enquanto é debatida a constitucionalidade das decisões tomadas pelo presidente Martín Vizcarra, e também a nomeação da vice, Mercedes Aráoz, como presidente interina.

Durante a manhã de hoje, conforme observou a equipe da Agência Efe, a rotina da capital do país, Lima, se desenvolveu com poucas alterações, após jornada de manifestações de apoio ao chefe de governo eleito realizadas na noite anterior.

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A única mudança com relação ao dia a dia na cidade, foi a restrição do tráfego de veículos no entorno do Palácio Legislativo, com a permissão de circulação apenas de moradores da região e funcionários do Congresso.

Apoio ao presidente


Como já apontavam pesquisas feitas antes da tomada de decisão da Vizcarra, a população indicou apoio ao presidente, diante de um poder legislativo, de maioria fujimorista, que tem grande rejeição diante da população, que considera o Congresso como obstáculo na luta contra a corrupção no Peru.

A polêmica decisão pela dissolução veio após o Congresso desafiar Vizcarra e eleger um novo membro do Tribunal Constitucional sem discutir a moção de confiança apresentada pelo governo para tentar impedir esse processo. As novas eleições foram marcadas para 26 de janeiro do ano que vem.


Vizcarra já havia antecipado no domingo que, se o Congresso não procedesse imediatamente com a moção de confiança solicitada ou continuasse com o controverso processo de eleição, o governo agiria "com a Constituição" e dissolveria o órgão.

Em seguida, congressistas da oposição responderam às medidas pedindo a abertura de um processo de cassação do governante por "permanente incapacidade moral", dessa forma, deixando o presidente suspenso, o que levou a nomeação da vice, Mercedes Aráoz.


A imprensa local destacou hoje que o país enfrenta uma profunda crise constitucional, já que existem diferentes e divergentes interpretações sobre a validade jurídica da decisão tomada por Vizcarra, principalmente, pelo mandatário considerar como negada um uma moção de confiança não avaliada.

Outros apontam que a nomeação de Aráoz como presidente-interina não tem validade, assim como a declaração de incapacidade do chefe de governo, já que o Congresso estava dissolvido. Outros juristas ainda apontam que a suspensão temporária do presidente não existe na constituição peruana.

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