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Peso argentino desaba após derrota de Macri nas eleições primárias

O Banco de la Nación informou que a moeda argentina sofreu uma desvalorização de 24% um dia após a derrota do atual presidente 

Internacional|Da EFE

Macri ficou 15 pontos atrás do adversário, Fernández
Macri ficou 15 pontos atrás do adversário, Fernández

O valor do peso argentino em relação ao dólar despencou na abertura dos mercados nesta segunda-feira (12), um dia após a derrota do presidente Mauricio Macri nas eleições primárias, vencidas por Alberto Fernández.

Segundo dados do estatal Banco de la Nación, o dólar começou o dia cotado a 61 pesos, uma alta de 32% a respeito do fechamento de sexta-feira (46,20 pesos), causando uma desvalorização de 24% na moeda local.

Após reconhecer a derrota nas primárias, o que complica as chances de reeleição nas gerais de 27 de outubro, Macri — que ficou 15 pontos percentuais abaixo do principal adversário, Alberto Fernández — alertou para o efeito que uma derrota eleitoral teria no âmbito financeiro, ao considerar que os investidores apostavam em sua vitória.

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Na sexta-feira passada, o índice Merval, das principais ações cotadas na Bolsa de Comércio de Buenos Aires, fechou em forte alta de 7,94%.


Em meio à incerteza, a presidência adiantou formalmente, através de mensagem enviada à imprensa, que o gabinete nacional, liderado por Macri, se reunirá às 15h30 (horário de Brasília) na Casa Rosada, sede do governo em Buenos Aires.

O Poder Executivo, que normalmente se reúne pela manhã, espera o fechamento de mercados para fazer um balanço. Vários funcionários da equipe econômica, entre eles o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, chegaram à Casa Rosada ao longo da manhã.


De acordo com os resultados da primeira apuração oficial das eleições primárias (98,67% das urnas apuradas), a coalizão Frente de Todos, liderada pelo peronista Alberto Fernández, obteve 47,65% dos votos, contra 32,08% da aliança Juntos pela Mudança, de Macri.

"(Os mercados) perceberam que foram enganados. O presidente deveria estar passando tranquilidade, e os mercados estão preocupados porque admitem que o governo se meteu em um lugar onde agora não pode dar resposta", declarou Fernández à Radio 10 na manhã desta segunda-feira.

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