Pessoas consideram relação com pets mais satisfatória do que com amigos, diz estudo
Pesquisa mostra que tutores veem nos cães uma combinação única de companheirismo, afeto e poucos conflitos
Internacional|Do R7
Um estudo publicado nesta terça-feira (22) na revista científica Scientific Reports revela que tutores de cães consideram o relacionamento com seus pets tão ou mais satisfatório do que com amigos, parentes próximos e até parceiros românticos.
A pesquisa, conduzida pela Universidade Eötvös Loránd, na Hungria, destaca que os cães oferecem apoio social, companheirismo e menos conflitos em uma relação marcada por um alto grau de controle por parte dos donos.
A pesquisa, que contou com 717 tutores de cães, pediu aos participantes que avaliassem seus relacionamentos com pets, filhos, parceiros românticos, parentes próximos e melhores amigos em 13 aspectos, como companheirismo, afeto, confiabilidade e equilíbrio de poder. Cerca de 20% dos participantes tinham filhos, e 80% tinham um parceiro romântico.
Os resultados mostram que os tutores classificaram os cães como superiores em aspectos como companheirismo, afeto e necessidade de cuidado, quando comparados a parentes próximos e melhores amigos.
Em relação a conflitos, os cães apresentaram interações negativas mínimas, superando até mesmo filhos e parceiros românticos. No entanto, em termos de intimidade, os parceiros românticos foram avaliados acima dos pets.
“Esperávamos que pessoas com relacionamentos humanos fracos dependessem mais de seus cães, mas os dados mostram o contrário. Os cães não substituem laços humanos, mas complementam com uma combinação única de características positivas”, explicou à agência de notícias AFP a coautora do estudo, Dorottya Ujfalussy.
O professor Enikő Kubinyi, autor sênior da pesquisa, disse que o controle quase total dos tutores sobre os cães contribui para a alta satisfação. “Diferentemente das relações humanas, o relacionamento com cães tem poucos conflitos e oferece forte apoio social, além de permitir que o tutor tome a maioria das decisões”, afirmou ao jornal britânico The Guardian.
A pesquisa também aponta que os cães combinam aspectos positivos de relações com filhos, como a necessidade de cuidado, com características de amizades, como baixo antagonismo.
“Um cão pode ser um companheiro de brincadeiras, um amigo fiel ou até um substituto para diferentes papéis ao longo da vida, desde um ‘filho’ para casais jovens até um apoio essencial para idosos”, disse Borbála Turcsán, primeira autora do estudo.
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