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Polícia da Venezuela impede ato de trabalhadores que apoiam Guaidó

Passeata foi convocada por sindicatos de funcionários públicos em favor de lei para a 'proteção dos trabalhadores que defendem a democracia'

Internacional|Da EFE

Polícia impediu passeata convocada por funcionários públicos da Venezuela
Polícia impediu passeata convocada por funcionários públicos da Venezuela

A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) impediu, nesta terça-feira (19), que funcionários públicos da Venezuela apoiadores do líder do Parlamento, Juan Guaidó, fizessem uma passeata até a sede do Legislativo para exigir a aprovação de uma lei para a "proteção dos trabalhadores que defendem a democracia".

A passeata percorreria uma avenida de Caracas até chegar à sede do Parlamento, mas os trabalhadores não puderam sequer se reunir no ponto de partida da mobilização, a Praça Morelos, que foi isolada pela polícia.

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Uma comissão de trabalhadores, no entanto, foi até a sede do Legislativo e entregou um documento com a exigência de aprovação do que chama de "lei de garantias trabalhistas".

Funcionários pedem lei contra demissões políticas


Esta norma "é uma proteção para todos os trabalhadores que se sentem na obrigação de defender a democracia, defender a institucionalidade", disse aos jornalistas o secretário-geral da Confederação Venezuelana de Trabalhadores (CTV), José Elías Torres.

Torres explicou também que a lei procura defender os direitos dos trabalhadores diante da possibilidade de o Estado tentar demitir alguém "por discriminação política".


Os funcionários também exigem que o Parlamento aponte o responsável pelo blecaute sofrido no país há 11 dias e que debata se há motivos para que seja iniciado um julgamento em uma corte internacional.

Além disso, os trabalhadores pediram ao Legislativo que exija que a Comissão do Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas enviada à Venezuela se reúna com eles.


Ato foi convocado após encontro com Guaidó

Entre os trabalhadores que participariam da passeata estavam funcionários da empresa estatal de eletricidade Corpoelec, da estatal de comunicações Cantv, da Chancelaria, da Seguridade Social e dos setores petroleiro e universitário.

Na segunda-feira, várias organizações sindicais, entre elas a CTV, convocaram esta mobilização e um protesto contra a crise após um encontro com Guaidó, que se autodeclarou presidente interino do país em janeiro e foi reconhecido como tal por cerca de 50 países.

Os sindicalistas manifestaram o apoio a Guaidó na disputa que mantém com o líder Nicolás Maduro pelo poder.

No entanto, lembraram nesta terça-feira que, assim como manifestaram o apoio, também exigirão que se empenhe na defesa dos direitos dos trabalhadores que, garantem, foram violados pelo governo chavista.

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