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Por que a Otan quer drones baratos para enfrentar a Rússia

Aliança testa soluções como drones interceptadores autônomos, equipados com ogivas explosivas capazes de destruir alvos inimigos em voo

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Otan busca drones baratos devido à escalada de ataques aéreos russos na Ucrânia.
  • Desenvolvimento de drones interceptadores para defesa aérea com custo reduzido em comparação aos mísseis e caças.
  • Foco em soluções rápidas, como tecnologias que possam ser implementadas em semanas, para enfrentar a ameaça constante da Rússia.
  • A criação de um "catálogo de soluções" está em andamento para aumentar a resiliência da Otan contra ataques em massa de drones.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Estratégia ganhou força depois que drones russos violaram o espaço aéreo da Polônia em setembro estratégia ganhou força depois que drones russos violaram o espaço aéreo da Polônia em setembro Reprodução/Ministério da Defesa da Ucrânia

A escalada de ataques com drones russos na Ucrânia levou a Otan a buscar alternativas mais baratas e rápidas para defender posições aliadas. A organização está desenvolvendo um novo modelo de defesa aérea com drones interceptadores que custam uma fração do valor de mísseis e jatos usados atualmente pelo Ocidente.

O almirante Pierre Vandier, comandante supremo da Otan para Transformação, disse que a aliança trabalha para criar um catálogo de tecnologias antidrones que os países-membros possam adquirir e implantar rapidamente. “Precisamos encontrar uma solução que combine massa versus massa. O objetivo é ter uma resposta com boa relação custo-benefício para enfrentar a ameaça”, afirmou.


A estratégia ganhou força depois que drones russos violaram o espaço aéreo da Polônia em setembro, durante ataques à Ucrânia. Na ocasião, caças F-35 holandeses precisaram abater os alvos usando mísseis avaliados em centenas de milhares de dólares, muito mais caros do que os drones, que custam de 20 a 40 mil dólares cada.

Segundo Vandier, o desafio é adaptar as defesas a um cenário em que a Rússia produz cerca de 4 mil drones por mês e pode lançar milhares em uma única noite. “Usar um míssil de 1 milhão de dólares é aceitável se for para derrubar um jato de 80 milhões. Mas agora estamos lidando com ataques em massa e de baixo custo”, explicou.


Leia mais:

A aliança testa soluções como drones interceptadores autônomos, equipados com ogivas explosivas capazes de destruir alvos inimigos em voo. A meta é atingir uma taxa de abate de um para um, com custo equivalente ao do drone russo. Também estão em estudo radares de previsão de trajetória e sistemas de energia direcionada, como lasers.

Para Vandier, a rapidez é essencial. Ele defende que os países da Otan adotem tecnologias que possam ser implementadas em semanas, não em anos. “Drones e softwares mudam em questão de semanas. Não existe uma solução mágica que funcione pelos próximos 10 anos. É preciso se atualizar constantemente. O inimigo está se atualizando”, disse.


Após o incidente na Polônia, a Otan reforçou sua defesa aérea no leste europeu com caças e navios de guerra e acelerou a criação do “catálogo de soluções”, que deve servir como base para compras conjuntas. “Estamos construindo uma espécie de catálogo de sistemas não tripulados. Quanto mais soluções tivermos, maior será nossa resiliência, porque algumas funcionam hoje e podem estar obsoletas amanhã”, concluiu Vandier.

Perguntas e Respostas

 

Por que a Otan está buscando drones mais baratos?

 

A Otan está buscando alternativas mais baratas e rápidas para defender suas posições aliadas devido à escalada de ataques com drones russos na Ucrânia. A organização está desenvolvendo um novo modelo de defesa aérea com drones interceptadores que custam uma fração do valor de mísseis e jatos usados atualmente pelo Ocidente.

 

Qual é a estratégia da Otan para enfrentar a ameaça dos drones russos?

 

O almirante Pierre Vandier, comandante supremo da Otan para Transformação, afirmou que a aliança está criando um catálogo de tecnologias antidrones que os países-membros possam adquirir e implantar rapidamente. O objetivo é encontrar uma solução que combine massa versus massa, visando uma resposta com boa relação custo-benefício.

 

O que motivou a Otan a acelerar essa busca por drones?

 

A estratégia ganhou força após drones russos violarem o espaço aéreo da Polônia em setembro, durante ataques à Ucrânia. Na ocasião, caças F-35 holandeses precisaram abater os alvos usando mísseis muito mais caros do que os drones, que custam entre 20 a 40 mil dólares cada.

 

Qual é o desafio enfrentado pela Otan em relação à produção de drones russos?

 

O desafio é adaptar as defesas a um cenário em que a Rússia produz cerca de 4 mil drones por mês e pode lançar milhares em uma única noite. Vandier explicou que usar um míssil de 1 milhão de dólares é aceitável para derrubar um jato de 80 milhões, mas agora a Otan lida com ataques em massa e de baixo custo.

 

Que soluções a Otan está testando para lidar com os drones?

 

A Otan está testando soluções como drones interceptadores autônomos, equipados com ogivas explosivas para destruir alvos inimigos em voo. A meta é atingir uma taxa de abate de um para um, com custo equivalente ao do drone russo. Também estão em estudo radares de previsão de trajetória e sistemas de energia direcionada, como lasers.

 

Qual é a importância da rapidez na implementação das tecnologias pela Otan?

 

Vandier enfatiza que a rapidez é essencial, defendendo que os países da Otan adotem tecnologias que possam ser implementadas em semanas, não em anos. Ele destacou que drones e softwares mudam rapidamente e que é necessário se atualizar constantemente, pois o inimigo também está se atualizando.

 

Como a Otan está reforçando sua defesa aérea após o incidente na Polônia?

 

Após o incidente, a Otan reforçou sua defesa aérea no leste europeu com caças e navios de guerra e acelerou a criação do "catálogo de soluções", que servirá como base para compras conjuntas. Vandier concluiu que quanto mais soluções a Otan tiver, maior será sua resiliência, pois algumas podem ficar obsoletas rapidamente.

 

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