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Presidente da China visita UE pela primeira vez para reforçar a relação

Internacional|Do R7

Bruxelas, 31 mar (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, escreveu nesta segunda-feira um capítulo "histórico" nas relações entre a União Europeia (UE) e a China ao se tornar o primeiro líder de seu país a visitar as instituições comunitárias, uma prova da importância que dedica a seus parceiros europeus. Xi chegou ontem a Bruxelas acompanhado de sua esposa, Peng Liyuan, para fazer uma viagem oficial de três dias à Bélgica, que inclui a passagem pelas instituições da União e é a última a anotação final a uma viagem pela Europa que o levou ainda à Holanda, à França e à Alemanha. Assim, Xi visitou as sedes das principais instituições, onde foi recebido pelo presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz, e teve um almoço de negócios com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso. "As duas partes concordaram que essa primeira visita do presidente da China à UE foi um marco histórico nas relações UE-China", destacaram em uma declaração conjunta. O objetivo da visita de Xi à UE foi "reforçar a associação e os contatos em nível presidencial entre a China e as instituições europeias", destacaram fontes comunitárias. "Receber nas sedes das instituições da UE pela primeira vez um presidente da China (...) é algo que marca a importância da UE para esse país", enfatizaram. As fontes destacaram que não se tratou de uma cúpula para abordar uma agenda oficial, e explicaram que o encontro "faz parte de um processo, não é um momento específico de tomada de decisões". Ao final da reunião, Xi, Van Rompuy e Barroso descartaram dar uma entrevista coletiva para detalhar o resultado de suas conversas mas publicaram um comunicado conjunto. Entre outros assuntos, as partes celebraram o desenvolvimento da negociação de um acordo bilateral de investimentos, dos quais já foram realizadas duas rodadas, embora fontes comunitárias reconheceram que gostariam de ver uma evolução mais rápida. A UE também mostrou seu apoio a que a China se una à negociação de um acordo para legalizar o comércio de serviços (TiSA) - uma iniciativa aberta a todos os membros da Organização Mundial do Comércio (OMC) - como expressou o comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, em um encontro com Xi. As duas partes comemoraram, ainda, que tenham solucionado disputas comerciais que mantinham sobre produtos como o vinho e painéis solares, embora outras continuem abertas, como a que mantêm sobre terras raras e a investigação antissubsídios aberta pela UE às importações chinesas de redes de comunicações móveis (Bruxelas decidiu fechar a investigação antidumping). Por sua vez, Barroso e Van Rompuy agradeceram ao presidente da China o apoio cedido por seu país à UE durante a crise do euro, ao ser China "um dos países que sempre mostrou grande confiança na possibilidade de a Europa sair dessa crise", apontaram fontes comunitárias. No plano de política internacional, falaram do Irã, da Síria e da Ucrânia e, sobre direitos humanos, "as duas partes reafirmaram a importância de sua promoção". Precisamente, a visita de Xi causou polêmica na Bélgica quanto a que alguns pedidos de manifestação contra da política chinesa de direitos humanos não receberam a permissão das autoridades belgas para acontecer. Xi concluirá amanhã sua visita à Bélgica com um discurso no Colégio da Europa de Bruges. EFE rja/tr (foto)

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