Presidente do Banco Central da Argentina renuncia ao cargo
Anúncio se dá em meio à greve geral convocada pelas principais sindicais do país contra as medidas de ajuste econômico do governo de Mauricio Macri
Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7

O presidente do Banco Central da Argentina, Luis Caputo, apresentou seu pedido de renúncia nesta terça-feira (25) em meio à greve geral convocada pelas principais sindicais do país contra as medidas de ajuste econômico anunciadas pelo governo de Mauricio Macri. As informações são do jornal argentino Clarín.
Em nota, a entidade monetária afirma que a renúncia se dá por "motivos pessoais, com a convicção de que o novo acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) reestabelecerá a confiança acerca da situação fiscal, financeira, monetária e cambial [no país]".
Acordo com o FMI
O presidente Mauricio Macri negociou uma linha de crédito de US$ 50 bilhões (aproximadamente 206,6 bilhões de reais) junto ao FMI no último mês de maio. Desse total, US$ 15 bilhões já foram utilizados para conter a corrida cambial de maio. O resto seria liberado a cada três meses, sempre e quando a Argentina cumprisse as metas acordadas — e que agora estão sendo revistas para ter mais segurança diante de estresses cambiais recentes.
Desde o início do ano, o peso argentino perdeu metade de seu valor; a inflação prevista para 2018 é de 42% e o país está em recessão.
Caputo é o segundo presidente do Banco Central a renunciar durante o mandato de Macri. O primeiro foi Federico Sturzenegger. Segundo o Clarín, Caputo apresentava divergências com o Ministério da Fazenda.
Veja os efeitos da greve geral em Buenos Aires:
A Argentina parou nesta terça-feira (25) por causa de uma greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CTA) e principais centrais sindicais do país. O objetivo é protestar contra as medidas de ajuste econômico anunciadas pelo presidente M...
A Argentina parou nesta terça-feira (25) por causa de uma greve geral convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CTA) e principais centrais sindicais do país. O objetivo é protestar contra as medidas de ajuste econômico anunciadas pelo presidente Mauricio Macri, que discusará na 73ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Macri negociou uma linha de crédito de US$ 50 bilhões (aproximadamente R$ 206,6 bilhões) junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional)