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Promotoria dos EUA acusa Epstein de criar rede para abuso de menores

Empresário milionário foi acusado de tráfico sexual e de conspirar para cometer esse crime nas casas que tinha em Nova York e na Flórida

Internacional|Da EFE

Empresário abusava de menores
Empresário abusava de menores

O Ministério Público Federal do distrito Sul de Nova York (EUA) acusou o milionário empresário Jeffrey Epstein de criar uma rede para abusar de meninas em suas mansões nos estados de Nova York e da Flórida entre 2002 e 2005, segundo um documento judicial divulgado nesta segunda-feira (8).

Detido no sábado à noite no aeroporto de Teterboro, em Nova Jersey, Epstein foi acusado de tráfico sexual e de conspirar para cometer esse crime, de acordo com o texto de acusação da Promotoria.

No documento, um grande júri argumenta que Epstein "explorou sexualmente e abusou de meninas menores de idade em suas casas em Manhattan (Nova York) e Palm Beach (Flórida), entre outros lugares, durante muitos anos", além de alegar que, após cometer os atos, pagava às vítimas "centenas de dólares".

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Além disso, Epstein é acusado de "criar uma ampla rede de vítimas menores de idade para explorá-las sexualmente", já que pagava a algumas para recrutar outras meninas de cerca de 14 anos que seriam vítimas de abusos similares.


O empresário de 66 anos foi acusado de abusar de dezenas de garotas há mais de uma década, mas evitou receber acusações federais mediante um polêmico acordo extrajudicial no qual admitiu ter solicitado serviços de prostituição.

Em 2008, Epstein chegou a um acordo com a Promotoria do sul da Flórida para pôr fim a uma investigação que poderia lhe render uma condenação à prisão perpétua. Ele se declarou culpado de acusações menores, foi condenado a 13 meses de prisão e chegou a um acordo financeiro com as vítimas.


O acordo foi supervisionado pelo então promotor de Miami, Alexander Acosta, que agora é o secretário de Trabalho do governo de Donald Trump e que defendeu esse tratamento como "apropriado" por conta das circunstâncias, especialmente com "muitas das vítimas relutantes a testemunhar".

O caso mudou depois que, em fevereiro, um juiz da Flórida decidiu que a Promotoria violou a lei ao ocultar o acordo, que afetava mais de 30 mulheres que o denunciaram por terem sido vítimas de abusos sexuais quando eram menores de idade.

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